A Blackmagic Design anunciou que “Adam Bol”, uma ambiciosa coprodução entre os cinemas do Cazaquistão e da Nigéria, utilizou o DaVinci Resolve Studio para gradação de cores, mixagem de som e finalização.
Os produtores nigerianos Kele Ikeata e Chimezie Imo, que supervisionaram a equipe nigeriana, contrataram a colorista Claudia Maneka Maharaj e o designer de som e compositor Lukas Panayi, ambos do estúdio de pós-produção Signals, localizado em Berlim.
Maharaj e Panayi, que trabalharam remotamente de Berlim na colorização e pós de som com o DaVinci Resolve Studio, criaram uma experiência única para os espectadores inspirada nas ideias criativas dos produtores ao expressar uma sinergia implícita entre cor e som.
Responsável pela pós-produção de som e partituras do filme, Panayi optou pelo Fairlight do DaVinci Resolve Studio por sua eficiência ao trabalhar com diálogos e edição de efeitos especiais, foley, desenho de som e mixagem. Além disso, ele tirou o máximo proveito da capacidade do DaVinci Resolve Studio de diferenciar os sons da Nigéria e do Cazaquistão, criando paisagens sonoras que complementavam as cores escolhidas para o filme. “Eu precisava mostrar a diferença entre essas paisagens; Lagos tinha uma energia vibrante e caótica; já o Cazaquistão transmitia muito mais calma e serenidade”, disse ele.
As novas ferramentas de edição de diálogo do DaVinci Resolve Studio foram essenciais nas cenas tecnicamente mais complexas. “O nivelador de diálogo e o isolamento de voz da página Fairlight ajudaram muito nas cenas em que os personagens tinham diferentes tons de voz, muitas vezes indo de gritos a sussurros”, explicou Panayi.
Em uma cena particularmente desafiadora, uma performance muito animada teve diálogos se sobrepondo, elementos musicais e ruídos de fundo que precisavam de um balanço de áudio preciso. “Selecionei as tomadas de diálogo que tinham o som mais nítido e minimizei o ruído indesejado do set enquanto trabalhava com falas em russo, pidgin nigeriano e inglês sem perder as características e a nuance das performances de cada um”, ressaltou. “As ferramentas integradas do Resolve simplificaram isso, minimizando o uso de plug-ins de terceiros e ajudando a manter um som de qualidade em todo o material.”
Graças ao DaVinci Resolve Studio, Panayi também conseguiu atender às demandas técnicas de um lançamento cinematográfico e entregar diversas mixagens 5.1 e estéreo com eficiência. “Poder criar um modelo 5.1 personalizado na página Fairlight do Resolve nos ajudou a adaptar os formatos cinematográficos e digitais de acordo com as especificações do cliente”, disse.
Para diferenciar os visuais do filme, Maharaj usou referências dos produtores e do diretor de fotografia Ziad Abd Elbasit. Ela criou LUTs personalizadas para refletir os contrastes do ambiente e os estados psicológicos de cada cenário.
“Para a Nigéria, adaptamos minha LUT CM8543, inspirada no filme Fuji Eterna, para enfatizar cores brilhantes e saturadas e tons de pele quentes e transmitir a energia de Lagos”, explicou Maharaj. “Eu enfatizei os tons verdes para realçar a atmosfera e destacar os principais elementos de design de produção.”
O visual do Cazaquistão se inspirou na cinematografia da era soviética e na película Eastman Color Negative 100T. “Personalizar minha LUT CM5254 revelou os tons terrosos discretos e os matizes ciano que lembram ‘O Espelho’ de Andrei Tarkovsky”, disse Maharaj.
Refletindo sobre o projeto, Maharaj e Panayi mostraram entusiasmo com a chegada de “Adam Bol” às telas internacionais. “Foi um privilégio fazer parte de um filme tão único. Além disso, ele mostra como o avanço da tecnologia está possibilitando cada vez mais a colaboração cinematográfica internacional”, disse Maharaj, e Panayi concorda plenamente com ela.
Site relacionado: https://www.blackmagicdesign.com
Acompanhe a Panorama Audiovisual no Facebook e YouTube