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AESP Talks debate representatividade e audiência do rádio

Por Ricardo Batalha

O jornalista do Grupo Bandeirantes Eduardo Castro foi o convidado da edição do AESP Talks

O jornalista do Grupo Bandeirantes Eduardo Castro foi o convidado da edição do AESP Talks sobre “Rádio: Representatividade e audiência em qualquer plataforma e qualquer lugar”, encontro virtual realizado na quarta-feira (3).

Durante a conversa com o presidente da AESP, Rodrigo Neves, e com o radiodifusor Marco Moretto, Castro destacou as experiências de sua carreira, que teve início há mais de 30 anos. A trajetória do jornalista inclui rádios pequenas com foco em cobertura local, emissoras públicas, e até mesmo grandes grupos internacionais de comunicação, que o levaram a viver em países como Estados Unidos, Moçambique e Angola. O hábito de ouvir rádios estrangeiras se mantém. Sempre que pode, ele sintoniza emissoras do Uruguai e de Portugal, por exemplo.

“O som do rádio esteve presente na minha casa desde criança. Até hoje gosto de ouvir AM e FM nos aparelhos, mas também ouço no carro e em diversos dispositivos. O meio não vai acabar, mas sim se fortalecer e se modificar”, acredita.

A experiência no mercado permitiu que Castro percebesse diferenças na forma de fazer rádio em diferentes lugares. Nos Estados Unidos, por exemplo, mantém-se a tradição dos talk shows, longos programas de análises de notícias, centrados na opinião do apresentador. Além de serem frequentemente produzidos de forma independente, eles se tornam cada vez mais direcionados a públicos específicos.

“No mercado americano, o dinheiro se dissipa mais. Por ter anunciantes locais muito fortes, a pulverização de investimento é maior em torno de diferentes conteúdos e fontes”, salienta. Outra diferença é a própria natureza de cada emissora. Em Portugal, não há rádios destinadas exclusivamente às notícias, mas existem emissoras dedicadas apenas a eventos esportivos, o que não ocorre em emissoras de AM/FM no Brasil.

“Rádio é emoção sonora, seja a mais contida possível, presente no fato jornalístico, ou a mais desbragada possível, quando se narra futebol ou se toca uma música”, defende. Para Castro, o espírito do meio será mantido: concisão, clareza e mensagens diretas e enxutas. Mas os recursos tecnológicos, que envolvem desde a captação à emissão do som, se desenvolverão cada vez mais. “O rádio será cada vez mais rádio”, conclui.

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