Segundo Melissa Vogel, “não importará mais se o conteúdo é linear ou streaming, porque ele transcende as plataformas de origem”
Oportunidades e desafios apresentados pelo novo coronavírus ao mercado de comunicação foram tema de mais uma edição do AESP Talks, com a participação da diretora do Kantar IBOPE Media, Melissa Vogel. Rodrigo Neves, presidente da entidade, mediou a conversa, que também teve a participação do radialista Marco Moretto.
Segundo a entrevistada, as lives promovidas durante o período demonstram que há espaço para criatividade e originalidade na hora de atrair anunciantes. Entre os espectadores desses eventos, 82% lembraram de alguma marca ao ver alguma transmissão ao vivo e 41% estão dispostos a pagar por conteúdo que considerem interessante ou relevante. Por outro lado, as empresas de conteúdo deverão evitar a sobrecarga de funcionários durante o trabalho remoto e reforçar os sistemas de segurança de dados.
A pesquisa apresentada apontou também um afrouxamento nas medidas de distanciamento, com uma maior quantidade de pessoas em trabalho presencial. A diretora do instituto aposta que o trabalho híbrido, entre a casa e o escritório, é uma tendência que veio para ficar, assim como um maior consumo de mídia em ambiente doméstico.
“A pandemia trouxe uma série de primeiras vezes”, afirmou. Prova disso é que 68% dos pesquisados afirmaram ter disposição para experimentar recursos tecnológicos. E estes hábitos afetaram também o consumo de mídias. Deste total, 19% assistiram a vídeos sob demanda pela primeira vez e 11% espelharam a imagem transmitida pelo celular no aparelho de televisão.
“Se você consegue ter o rádio na palma da mão e infraestrutura para consumir streaming, verá uma revolução na forma de ouvir rádio. Não importará mais se o conteúdo é linear ou streaming, porque ele transcende as plataformas de origem. As marcas que se fortalecerem serão seguidas por seus consumidores onde quer que estejam”, avaliou.