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ARTIGO: a próxima geração para Playout

Por Ricardo Batalha

Por Fredy Litowsky (*)

Os sistemas de playout linear existem há muito tempo, mas alguém seria perdoado por fazer a pergunta: “Por que alguém iria querer desenvolver um novo?” Os hábitos de consumo por vídeo estão mudando, especialmente entre as gerações mais jovens, que assistem cada vez mais à TV sob demanda – Netflix, Amazon Prime, Sky e muitos outros que estão oferecendo serviços sob demanda estão acessíveis. Assim, há uma gama cada vez maior de conteúdo, alguns dos quais exclusivos de suas plataformas. Esses serviços não requerem sistemas de reprodução linear e não há cronograma ou ordem de execução a ser mantida, pois o usuário decide o que e quando deseja assistir.

No entanto, ainda existe um grande número de serviços de reprodução linear em todo o mundo e são esses canais que geram a maior parte da receita para as emissoras de TV. Muitos são executados usando sistemas de playout tradicionais, localizados no local e compostos por produtos de hardware especializados discretos, controlados por um sistema de automação. Então, por que mudar estes sistemas que estão trabalhando?

Os hábitos de consumo por vídeo estão mudando, especialmente entre as gerações mais jovens, que assistem cada vez mais à TV sob demanda

Muitos dos sistemas tradicionais estão chegando ao fim da vida útil e o suporte é limitado. Os custos operacionais também são altos quando se soma todos os contratos de serviço para cada dispositivo, energia e o espaço consumidos. Além disso, há novos padrões, como o UHD, que fazem com que as emissoras precisem adaptar constantemente seus sistemas de playout para acompanhar as novas tendências. Muitos sistemas mais antigos simplesmente não podem continuar sendo adaptados de maneira confiável e econômica. Também existem outros desafios que radiodifusores enfrentam: a forma que podem executar serviços temporários de maneira econômica e como configurar sistemas de exibição acessíveis para utilizar em caso de emergência.

Estas são algumas das razões pelas quais a coralbay.tv decidiu embarcar no desenvolvimento de um novo produto de playout. A empresa considerou importante produzir uma solução que replicasse em software funcionalidades dos produtos de hardware tradicionais. Porém, com maior flexibilidade para escolher onde poderia ser hospedado, além da capacidade de oferecer uma ampla variedade de I/O e de executar uma ampla variedade de wrappers e formatos de arquivos sem problemas. Sendo viabilizado, haveria uma economia de custos significativa para os clientes. Se o software pudesse ser executado na nuvem, seria a plataforma ideal para canais temporários, serviços OTT e sistemas exibição.

A flexibilidade na hospedagem também oferece escolha, portabilidade e “segurança futura” para o cliente. Por exemplo, os clientes podem escolher um provedor de serviços em nuvem hoje e mudar para outro no futuro se custos ou serviços melhores forem oferecidos – seria como mudar para o melhor e mais barato fornecedor de serviços públicos para a sua casa.

Muitos dos sistemas tradicionais estão chegando ao fim da vida útil e o suporte é limitado.

O coralPlay usa as mais recentes tecnologias de desenvolvimento de software, incluindo micro-serviços, docker e kubernetes para implantação e orquestração. O software é baseado em eventos, em vez de uma base de tempo, como um sistema tradicional de playout em tempo real. Isso significa que é nativo para nuvem e muito mais eficiente no uso de recursos. Trata-se de uma consideração importante para reduzir os custos de operação, especialmente os de hospedagem. Muitos dos concorrentes da empresa afirmam ter soluções em nuvem, mas tudo que realmente fazem é executar seu sistema tradicional em tempo real virtualizado e hospedado na nuvem. Embora esses sistemas possam ser executados na nuvem, os custos de execução são extremamente altos. O coralPlay foi cuidadosamente projetado para otimizar o uso de recursos e pode ser hospedado em qualquer lugar – em nuvens públicas como AWS, Azure, Google Cloud, OVH; localmente, em uma Máquina Virtual (VM), ou em servidores tradicionais.

Nos últimos meses, a Coralbay foi escolhida para alguns projetos significativos de emissoras de primeira linha na América do Sul, Europa e África e aumentou a sua equipe de desenvolvimento de software para acompanhar as novas demandas. Essas emissoras não desejam apenas a economia de custos oferecida pelo coralPlay, mas também o conjunto completo de recursos que são utilizados em sistemas profissionais de automação de transmissão.

A Coralbay adicionou recentemente suporte para conteúdo ao vivo, I/O SMPTE 2110, controle automático de Loudness, gráficos HTML5, armazenamento Azure Blob, reprodução direta do armazenamento AWS S3 e legendagem 608/708. Agora, agregamos o suporte a SCTE 35, uma visão de timeline multicanal, contadores e estatísticas abrangentes, pesquisa e substituição e muitos outros recursos.

A empresa tem muitas outras oportunidades em todo o mundo e o interesse em seus produtos continua aumentando. A decisão da empresa de desenvolver uma nova geração de solução de playout foi um investimento bem acertado.

Site relacionado: http://alliance-technologies.com.br/

Fredy Litowsky

Sócio-diretor da Alliance Technologies

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