A Blackmagic Design anunciou que a Mira Broadcast produziu as transmissões das finais do League of Legends e Valorant deste ano utilizando um fluxo de trabalho ao vivo baseado no switcher ATEM 4 M/E Constellation HD, nas câmeras Blackmagic URSA Broadcast G2 e na solução Blackmagic Replay.
Sediada em Madri, a Mira Broadcast é referência na organização de torneios de alto nível. A empresa também é a força técnica por trás da Movistar KOI, equipe de e-sports criada a partir de uma parceria estratégica entre a Movistar Riders e a KOI, com apoio de Ibai Llanos e Gerard Piqué. As finais, realizadas no campus Madrid in Game, estão entre os eventos mais aguardados pelos fãs e trouxeram uma série de desafios para a Mira Broadcast.
“Gerenciamos um grande volume de entradas de vídeo, incluindo gameplay, reações do público, narração dos casters e conteúdo de VTubers, além da inserção de gráficos dinâmicos em tempo real”, explica Jesús De Lucas, gerente técnico da Mira Broadcast.
Cada final contou com duas equipes de cinco jogadores competindo em PCs de alto desempenho, com a transmissão principal sendo produzida na sala de controle principal (MCR) do campus.
A sala de controle foi estruturada em torno do ATEM 4 M/E Constellation HD, com a operação de cortes ao vivo no ATEM 2 M/E Advanced Panel 20. “A capacidade do switcher de processar vários feeds de jogo simultaneamente, sem preocupações com resolução ou taxa de quadros, faz dele a ferramenta ideal para torneios complexos e dinâmicos como este”, diz De Lucas.
“O SuperSource do ATEM Constellation também possibilitou layouts em tela dividida e imagem em imagem, enquanto os recursos avançados de chaveamento e macros garantiram respostas rápidas a momentos inesperados.”
Todos os sinais de entrada foram roteados por um Blackmagic Videohub 40×40 12G, localizado no rack de vídeo da galeria, enquanto um Blackmagic Videohub 20×20 12G foi usado para distribuir os feeds ao vivo por todo o local, incluindo telas auxiliares, áreas VIP e auditórios.
Para garantir a estabilidade da transmissão, foi implementado um fluxo de trabalho robusto, com codificação de fluxo duplo e internet redundante, complementando o MCR na gestão de contingências. O ATEM SDI Extreme ISO serviu como unidade de backup, assumindo um feed alternativo para os casters e a mesa de análise caso houvesse alguma falha, segundo De Lucas.
Para os replays, a equipe montou uma solução Blackmagic Replay, utilizando vários HyperDeck Studio HD Plus para gravar os feeds SDI das câmeras e o gameplay diretamente em um Blackmagic Cloud Store Max, garantindo armazenamento e acesso imediato aos clipes. “Um switch de 10GbE conectava os HyperDecks ao Cloud Store, permitindo gravação e reprodução de baixa latência, assegurando que os clipes de replay estivessem instantaneamente disponíveis para exibição”, explica De Lucas.
O operador de replay utilizou um DaVinci Resolve Replay Editor para marcar os momentos-chave, possibilitando aparar, desacelerar e reprogramar clipes. “Os replays selecionados eram então enviados do DaVinci Resolve para o switcher ATEM, com um UltraStudio 4K Mini sendo usado para a exibição dos vídeos”, detalha ele.
O torneio foi produzido e transmitido em 1080p a 50 quadros por segundo. Há quase uma década, a Mira Broadcast confia na Blackmagic Design para enfrentar os desafios da produção de esportes eletrônicos. “À medida que os eventos se tornaram mais complexos, o ecossistema da Blackmagic nos permitiu expandir nossa produção, de pequenos locais temporários para grandes arenas”, conclui De Lucas.
Site relacionado: https://www.blackmagicdesign.com
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