Cineasta Chad Ferrin escolheu a URSA Mini Pro G2 baseado em suas experiências e nas imagens que a câmera seria capaz de produzir
A Blackmagic Design revelou que o filme independente “Night Caller” foi gravado na URSA Mini Pro 4.6K G2, com edição e finalização no DaVinci Resolve. O suspense realista segue a vidente Clementine Carter, que é envolvida em uma complexa rede de mistério ao receber o telefonema de um serial killer. Prevendo os assassinatos, ela entra em um aterrorizante jogo de gato e rato.
O cineasta Chad Ferrin, conhecido por clássicos cult como “Exorcism at 60,000 Feet” e “H.P. Lovecraft’s The Deep Ones”, trabalhou duro para conseguir uma verba maior para “Night Caller” durante a pré-produção, mas logo encontrou uma inspiração diferente para realizá-lo. “‘The Deep Ones’ foi um sucesso tão grande artística e financeiramente”, disse Ferrin, “que nos deu uma dose de inspiração à la Roger Corman para juntar uns trocados e produzir um filme com um orçamento modesto e prazo de entrega curto.”
Ao lado do cinegrafista Kyle McConaghy, Ferrin mergulhou fundo nos filmes dos anos 70 e 80 que evocavam um universo granulado e sombrio, estilo que inspirou a dupla para a história de “Night Caller”. Para a filmagem, McConaghy escolheu a URSA Mini Pro G2 baseado em suas experiências e nas imagens que a câmera seria capaz de produzir. “A G2 é fantástica. Já filmei alguns longas com ela e estou gostando cada vez mais. As funções são ótimas e a imagem é bem orgânica e cinematográfica. Gravei com uma câmera diferente no meu último longa e me arrependi de não ter usado a URSA.”
Com apenas 10 dias para rodar, a equipe sabia que precisaria trabalhar rapidamente. “Filmar assim tão rápido pode ser muito desafiador, mas também pode ser gratificante”, disse Ferrin. McConaghy se dedicou à criação de um estilo original para o filme, se adaptando ao orçamento e cronograma apertados. “Sempre tive inveja de como os filmes antigos conseguiam abraçar a iluminação desfavorável, tanto a luz dura dos filmes dos anos 50 quanto a iluminação simples e naturalista dos filmes dos anos 70.”
“Na minha experiência, a URSA Mini Pro é uma das poucas câmeras que ainda conseguem produzir imagens autênticas e cinematográficas mesmo em condições de iluminação abaixo do ideal”, acrescentou McConaghy. “Em uma cena, a Clementine conversa com sua colega vidente no saguão de um prédio. As luzes práticas do saguão eram aquelas fluorescentes antigas, cobertas por um tubo de plástico sujo e amarelado. Não tínhamos tempo e orçamento para substituir as lâmpadas nem aumentar com luzes adicionais, então eu usei apenas a iluminação natural. Agora, esse talvez seja o meu look favorito no filme. A ciência de cores Blackmagic é muito parecida com a película, então eu consegui reproduzir uma textura cinematográfica excelente.”
Rodar um filme com orçamento limitado também significa poucos equipamentos, muitas vezes utilizando apenas a iluminação existente. “A URSA Mini Pro muitas vezes é subestimada no que diz respeito ao desempenho sob pouca luz”, disse McConaghy. “Mas ela realmente faz um ótimo trabalho ao captar os detalhes, mesmo quando você tem que aumentar a exposição. Em uma cena crucial, a Clementine acessa o local de um assassinato através de uma longa escadaria externa. Era uma cena noturna, somente com as luzes da rua um tanto fracas e uma lâmpada tubular Astera, conseguimos iluminar um espaço enorme e manter muitos detalhes nas sombras.”
Evocar os looks clássicos dos anos 70 e 80 significava abraçar as cores e a saturação, e McConaghy estava confiante de que a câmera daria conta. “A renderização de cores da G2 é inigualável”, disse McConaghy. “Com outras câmeras digitais, muitas vezes tenho que lutar para obter um look saturado à la Argento ou Refn sem ficar parecendo que alguém adicionou 50 pontos de saturação.”
“As cores das outras marcas de câmera parecem mais artificiais ou algo assim. Mas a URSA Mini Pro e a ciência de cores geração 5 são muito agradáveis. No consultório de vidente da Clementine, são várias cores ao mesmo tempo: o laranja forte das luminárias japonesas, o azul e vermelho do néon próximo da mesa, e o verde da tela do computador. Embora bastante estilizado, o look renderizou muito naturalmente na pós.”
No espírito do verdadeiro cinema de baixo orçamento, Ferrin escolheu editar na versão gratuita do DaVinci Resolve pela primeira vez, e ficou surpreso com a facilidade de aprendizado. “Editar no DaVinci Resolve foi ótimo! Montei meus dois últimos filmes com outros aplicativos, então fiquei um pouco inseguro de usar um sistema diferente. Mas resolvi arriscar, e ainda bem que tomei essa decisão. Posso dizer com toda a sinceridade que o DaVinci Resolve é o melhor software de edição que eu já usei. E o fato de ser grátis é a cereja no bolo para um produtor pão-duro como eu.”
Além de suas funções de cinegrafista, McConaghy também colorizou o filme utilizando o DaVinci Resolve. “Desde o início, quando eu perguntava ao Chad sobre a estética do filme, ele respondia que era a década de 70. No tratamento de cores, queríamos um visual mais rústico, com aparência de película cinematográfica. Comecei criando uma LUT personalizada e adicionei bastante granulação, que usamos na G2 durante a produção como referência e para ajudar a obter o look almejado.”
“Além disso, filmar em Blackmagic RAW foi incrível”, acrescentou McConaghy. “Ele oferece margem para erro, é natural e flexível. Acho que gravamos o filme todo em Qualidade Constante Q0 e terminamos com mais ou menos 6 TB de imagens. Nós filmávamos em Q5 quando o tempo era curto e não era possível trocar o cartão nem descarregar a memória. E eu não consigo diferenciar as imagens Q0 e Q5.”
Graças à LUT, a qualidade do Blackmagic RAW e uma equipe talentosa, McConaghy não teve muito trabalho para encontrar o look desejado. “Normalmente, uso muitas power windows no DaVinci, mas o nosso eletricista-chefe Rapha Bola fez um ótimo trabalho de iluminação, e as imagens captadas ficaram tão sólidas que eu achei que podíamos deixar como estavam.”
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