Haunted é a nova série documental da produtora alemã Mineworks Film para a emissora ARTE, encomendada pela Saarländischer Rundfunk (SR) e pela Hessischer Rundfunk (HR). Desenvolvida como uma releitura do formato Discoveries, tradicional na emissora, a série substitui a abordagem clássica de documentário de natureza por uma exploração de como o folclore molda o presente.
“Começamos as discussões em 2022, e o que garantiu o sinal verde foi justamente o conceito inusitado, que traz uma nova vida ao formato Discoveries”, explicou o diretor e diretor de fotografia Frank Mirbach.
As filmagens ocorreram entre o outono de 2023 e o verão de 2024, com a pós-produção em andamento em paralelo, para entrega no final de 2024. “Algumas gravações, especialmente na Louisiana e na Romênia, foram adiadas por conta do clima e de licenças. Mesmo assim, conseguimos manter o cronograma dos dois primeiros episódios, que já estão prontos para exibição”, disse Mirbach.
A equipe utilizou a câmera digital URSA Mini Pro 12K e o codec Blackmagic RAW, o que permitiu reduzir o tamanho da equipe sem comprometer a qualidade das imagens. “O conjunto compacto e os controles intuitivos da câmera reduziram bastante o tempo de montagem e de iluminação. Gravar em 8K Blackmagic RAW foi o equilíbrio ideal entre flexibilidade na pós-produção e tamanho de arquivo, algo essencial para um documentário gravado em tantas locações diferentes”, contou o diretor.
Em média, eram capturadas de uma a duas horas de material por dia, muitas vezes em locais remotos. Ao fim de cada jornada, o DIT clonava o material em dois destinos usando o DaVinci Resolve Studio: um sistema SanDisk ProBlade e um Blackmagic Cloud Store Mini de 8 TB. “Esse fluxo garantiu redundância e acesso imediato ao time de pós-produção”, explicou Mirbach.
Os arquivos originais da câmera eram armazenados no Cloud Store Mini, enquanto os proxies eram gerados automaticamente com o Blackmagic Proxy Generator App e sincronizados com os editores na Alemanha por meio do Blackmagic Cloud. “Os cortes preliminares eram montados com esses proxies e, após a aprovação, relincados aos arquivos 8K Blackmagic RAW para a correção de cor, finalização e entrega”, detalhou.
Segundo Mirbach, o uso do Blackmagic Cloud Store, do Blackmagic Cloud e do compartilhamento de projetos do DaVinci Resolve Studio foi essencial para manter o fluxo de trabalho colaborativo entre equipes em diferentes países. “Conseguíamos trocar cenas, compartilhar arquivos de projeto em tempo real e reduzir o tempo de feedback, mesmo enquanto ainda filmávamos em locação.”
O principal desafio da série, segundo o diretor, foi lidar com a quantidade de material captado. “Tínhamos muitas locações e histórias interessantes, mas tempo limitado de exibição. Refinamos o roteiro durante a edição, buscando ritmo e tensão narrativa para tornar a experiência mais envolvente. Como a edição acontecia em paralelo às filmagens, o time de pós já podia montar cenas enquanto o resto da equipe ainda estava em campo.”
Um dos destaques da série é a sequência filmada no Castelo de Slains, na Escócia. “Abrimos com planos abertos das ruínas envoltas em neblina e os mantivemos por mais tempo do que o habitual. Evitamos diálogos e deixamos que o vento e o som do mar construíssem a atmosfera. Criamos tensão sem precisar recorrer a efeitos visuais”, relatou Mirbach.
A montagem inicial de cada episódio ficou a cargo do editor Frank Glencairn, responsável pela sincronização, metadados e preparação de som. “Infelizmente, Frank faleceu inesperadamente no meio da pós-produção. Foi muito difícil substituí-lo. Além de um editor brilhante, ele era um amigo próximo”, lembrou Mirbach.
A partir do episódio gravado na Louisiana, Jonathan Fuß assumiu a montagem e manteve o trabalho no mesmo nível de qualidade, concluindo a série em homenagem à visão de Glencairn. “Os arquivos e projetos continuaram sendo trocados via Blackmagic Cloud, o que garantiu uma transição tranquila e sem interrupções”, destacou.
Ferramentas como o Blackmagic Proxy Generator App, o detector automático de cenas do DaVinci Resolve Studio e os recursos de colaboração em nuvem economizaram tempo e simplificaram o processo. “Pudemos trabalhar com proxies de forma estável e, ao mesmo tempo, usar os arquivos RAW originais na finalização, sem precisar transcodificar. Tudo dentro do Resolve, sem depender de planilhas ou controle manual de versões.”
Os editores da ARTE, HR e SR acompanharam os cortes preliminares diretamente no DaVinci Resolve, deixando comentários cronometrados. “Isso agilizou muito o processo de revisão, eliminando longas trocas de e-mails”, contou Mirbach.
Cada episódio foi entregue em 4K UHD (3840×2160), em versões coloridas e sem texto, acompanhadas de stems de áudio estéreo. “Toda a gradação e a masterização foram feitas no DaVinci Resolve Studio, mantendo um pipeline totalmente nativo da Blackmagic, do set até a entrega final”, concluiu.
Os dois primeiros episódios, Dracula’s Transylvanian e Die Bestie von Gévaudan, com 43 minutos de duração, estão disponíveis no ARTE Mediathek a partir de 31 de outubro. As versões de 52 minutos serão lançadas em breve.
Site relacionado: https://www.blackmagicdesign.com
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