Baseada em Nova Iorque, Carrie Stalk é uma cineasta premiada que atua como diretora, diretora de fotografia, produtora e diretora criativa, com filmes, séries, comerciais e produções musicais exibidos em todo o mundo. Seu curta “Cyclone” foi vencedor do festival Katra Film Series em 2021 e recebeu três prêmios no Indie Short Fest de 2020.
Reconhecida por seus filmes intimistas e centrados em personagens, Stalk utilizou sua experiência prática com as câmeras da Blackmagic Design e o DaVinci Resolve Studio, junto de um trabalho de iluminação detalhado, para realizar seu novo longa “The Salt Between Us.” No filme, ela fez pleno uso dos recursos full-frame da câmera digital cinematográfica Blackmagic PYXIS 6K para retratar com delicadeza a história de Mia e Eden, duas melhores amigas de longa data que se veem diante da tensão romântica que sempre evitaram quando uma delas finalmente revela seus sentimentos.
Stalk explicou como abordou a produção de seu novo filme. “‘The Salt Between Us’ foi um projeto de paixão para todos os envolvidos. Nosso objetivo era levar o desejo queer para as telas, mas evitando o final triste tipicamente oferecido por Hollywood.”
“Esteticamente, o visual que buscávamos era naturalista, nostálgico e intimista, com uma mistura de luz dura e suave e uma separação de cores realista baseada no aprimoramento da iluminação prática, como a luz do fogo, do sol e da lua. Quando eu digo ‘naturalista’, quero realmente dizer que o ambiente deve transmitir a sensação de um lugar onde os personagens possam ser autênticos e espontâneos uns com os outros. Era importante para mim que o público tivesse a sensação de entrar ‘in media res’ (no meio da ação) e que a cena parecesse já estar acontecendo há algum tempo antes de a testemunharmos.”
Para captar o look, Stalk filmou em anamórfico com a PYXIS 6K. “A decisão de filmar na PYXIS foi fácil; ela conta com um sensor de grande formato e a ciência de cores de ponta da Blackmagic, gravação em Blackmagic RAW, uma proporção de tela 6:5 anamórfica real, monitores integrados com viewfinder OLED opcional e um preço de locação econômico, que nos permitiu utilizar lentes mais caras que, de outra forma, não estariam ao nosso alcance”, observou.


A cena de abertura do filme foi captada ao ar livre em uma noite de inverno em frente a uma fogueira com luzes coloridas ao fundo. “A cena da fogueira é uma das mais carregadas de emoção do filme, então era crucial que a câmera não interferisse; ela precisava parecer invisível, como se estivéssemos ouvindo uma conversa particular entre nossas personagens”, disse Stalk.
“A PYXIS respondeu ao contraste extremo com um desempenho ainda melhor do que o esperado”, continuou. “Estávamos filmando à noite, ao ar livre, iluminados principalmente pela luz do fogo e iluminação prática sutil, e eu precisava de um sensor que pudesse manter os detalhes tanto nos realces das chamas quanto nas sombras dos rostos das atrizes. As capacidades e o alcance dinâmico do RAW da câmera ofereceram essa flexibilidade. Filmamos com uma lente Atlas Mercury anamórfica que, quando combinada à modulação tonal suave do sensor da PYXIS, criava um look difuso pictórico que correspondia à vulnerabilidade entre as personagens, sem deixar tudo muito nítido ou polido.”
“Filmar em Nova Iorque frequentemente significa que você trabalha em espaços pequenos e, muitas vezes, essas limitações de espaço forçam você a alterar a marcação dos atores na cena ou usar uma distância focal que não seria a ideal para transmitir a emoção de um momento ou de uma cena. Sabendo disso, e considerando que eu queria filmar esse projeto com um visual mais comprimido, quis aproveitar ao máximo o espaço nas locações menores e ter mais opções de lentes, algo que apenas um sensor de grande formato poderia oferecer. Com as locações em mente, eu queria dar mais espaço para nossa equipe de maquinaria e elétrica (o chefe de elétrica Ben Hartzell e a chefe de maquinaria Steff Berek) e nosso mixador de som direto (Blaine Bailey) para que trabalhassem acima e abaixo do quadro, então nossas opções eram: filmar com um recorte em mente ou filmar em anamórfico.”
“Entra em cena a PYXIS. No fim, conseguimos alinhar o visual que desejávamos com as nossas limitações práticas, optando por filmar com a PYXIS em Blackmagic RAW com taxa de compressão 3:1, no formato anamórfico 6:5, usando as lentes Mercury 1.5x da Atlas Lens Co. Com o formato 6:5 descomprimido em 1,5x, resultando em uma proporção de tela de 9:5 (1.8), e minha proporção de tela desejada sendo 2:1 (a minha favorita), conseguimos o melhor dos dois mundos: as qualidades anamórficas e do espaço vertical para brincar com o reenquadramento na pós. Como grande parte do nosso filme foi gravada em situações de alto alcance dinâmico (exteriores noturnas com fogo real e interiores diurnos com luz solar entrando pelas janelas), optar por filmar com o ISO de base reduzida em Blackmagic RAW, com taxa de compressão 3:1, foi essencial para garantir que tivéssemos os dados mais limpos possível.”
Site relacionado: https://www.blackmagicdesign.com
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