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Consumo de mídia na pandemia é tema de Papo ABERT

Por Ricardo Batalha

Diretor comercial regional do Kantar IBOPE Media, Arthur Bernardo Neto, foi o convidado da quarta edição do Papo ABERT, realizado na quinta-feira (3)

“Nosso foco não deve estar em tecnologias emergentes, mas em práticas culturais emergentes. Temos desejos e necessidades latentes, o que muda é a forma de realizá-los”. A conclusão é do diretor comercial regional do Kantar IBOPE Media, Arthur Bernardo Neto, convidado da quarta edição do Papo ABERT, realizado na quinta-feira (3). “Não estamos falando de mídia, mas de estar onde o consumidor quer que você esteja”, reforçou o diretor geral da ABERT, Cristiano Lobato Flores, responsável pela mediação do encontro virtual.

O caminho para acompanhar as tendências, afirmou o entrevistado, é manter os olhos atentos ao comportamento do público. Como exemplo do poder transformador desse poder da comunicação, o executivo citou o exemplo de uma cidade turca milenar: na Capadócia, diversos buracos nas paredes de templos antigos funcionavam como telefones, ou espaços por onde a comunidade trocava informações.

Estudando o que pensam, sentem e os hábitos do consumidor brasileiro, a empresa mapeou os efeitos da pandemia de COVID- 19 no país: 77% dos entrevistados, em 13 cidades diferentes, afirmaram estar preocupados com o surgimento da doença. Cerca de 44% admitiram ter aprendido alguma coisa nova e 43% abriram espaço na agenda para praticar mais exercícios.

Em relação ao consumo de mídia, o estudo demonstrou que os meios de comunicação profissionais são líderes no quesito confiança da população. O rádio, por exemplo, gera confiança em 42% da população brasileiro, e a televisão, em 37%.

O rádio demonstrou seu valor no cotidiano dos brasileiros, ao manter-se firme entre as preferências, mesmo em período de oscilações constantes. Dentre os ouvintes pesquisados, 78% afirmaram continuar ouvindo o meio, e 77% deles destacou dedicar tempo igual ou maior à programação preferida. No mês de julho, a média diária dedicada ao consumo de rádio ficou em torno de quatro horas.

Além da audiência, o veículo também consolidou seu poder de interatividade. Na primeira semana de abril, as menções a conteúdos de áudio no Twitter cresceram 113%, em comparação com a primeira quinzena de março.

A média diária de consumo de TV cresceu 19% durante a pandemia, aumentando ainda mais a distância entre o Brasil e outros países: por aqui, dedica-se, em média, 298 minutos diários à programação televisiva. O impacto do conteúdo exibido nos telespectadores também aumentou: em março, a quantidade de tweets relacionados a conteúdo televisivo cresceu 73%, em comparação com o mês anterior.

Independentemente do meio, 78% dos entrevistados pelo Kantar IBOPE demonstraram interesse em saber como as empresas estão ajudando os próprios funcionários, 75% se interessam por ações de auxílio a comunidades e 71% esperam por mensagens que evidenciem que medidas empresariais poderão beneficiá-lo. “Há um universo importante de consumidores querendo se comunicar com as empresas. O momento é abordar a volta às atividades, os protocolos de segurança e comodidades oferecidas”, exemplificou Neto.

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