Presos em uma fazenda na zona rural da Geórgia, um grupo de vizinhos precisa deixar de lado suas diferenças e se unir diante de uma ameaça misteriosa e mortal. Essa é a premissa de “Teacup”, uma nova série de terror americana criada por Ian McCulloch, inspirada no romance “Stinger”, de Robert R. McCammon. A primeira temporada estreou no Fantastic Fest em setembro de 2024. A transmissão começou no Peacock em 10 de outubro e será seguida por dois novos episódios por semana até o Halloween.
O diretor de fotografia Isaac Bauman (“Loki” – 2ª temporada, “Deliver Us” e “Haunting of the Queen Mary”) foi o responsável pela criação visual da série e filmou os dois primeiros episódios com lentes Cooke Optics S8/i FF Prime. Bauman falou à Cooke sobre seu trabalho na série.
O diretor E.L. Katz comandou os dois primeiros episódios e é um amigo próximo de Bauman. Quando o projeto estava em vias de ser realizado, os dois concordaram que seria empolgante se unir para criar a linguagem visual da série, e rapidamente encontraram um ponto comum.
“Ambos tivemos a mesma visão ao mesmo tempo, de forma independente. Os roteiros eram tão bem escritos e visualmente claros que ficou evidente o que o projeto deveria ser. Acho que estávamos alinhados antes mesmo de termos a chance de discutir isso”, afirmou Bauman.
“Enquanto discutíamos a abordagem visual, a designer de produção Patti Podesta foi muito importante para desenvolver a estética da série. Queríamos que o design de produção e a cinematografia se integrassem totalmente. Percebi isso durante as filmagens da 2ª temporada de ‘Loki’, quando quis que a cinematografia parecesse uma extensão do design de produção. Queríamos que tudo, lente, iluminação e design de produção, estivesse no mesmo tom, o mais sinérgico possível”, explicou.
Bauman, que sempre prefere câmeras Arri, optou pela Alexa35 para aproveitar o alcance dinâmico ampliado do sensor ALEV4, priorizando essa escolha em vez de usar um sensor maior. “Queria usar luzes muito fortes e quentes em interiores durante o dia, com feixes de luz entrando pelas janelas e iluminando o ambiente. Sabia que com a Alexa35, graças ao seu alcance dinâmico estendido, teria uma melhor chance de evitar estouros nos realces que planejava criar”, declarou.
O diretor de fotografia optou por manter o ISO em 640 para a maior parte das cenas, visando consistência e facilitar o trabalho de sua equipe na iluminação. Para cenas noturnas externas, que exigiam fontes de luz a grandes distâncias, ele usou o ISO 2560, aproveitando o novo modo de sensibilidade estendida da Alexa35, que produz imagens mais limpas em cenários de baixa luz.
Bauman escolheu o formato 1.5:1, extraído do modo 16:9 da câmera, para uma imagem de 28,39 mm. Os testes iniciais de lentes foram realizados com o apoio da filial de Atlanta da Keslow Camera, onde Bauman testou exclusivamente as lentes S8s em comparação com lentes vintage. Apesar de inicialmente pensar em usar lentes vintage, Bauman decidiu pelas S8s, destacando que elas “têm tanta personalidade quanto as lentes vintage, além das vantagens modernas, como uniformidade de tamanho e peso”.
Ele preferiu lentes mais amplas, utilizando principalmente distâncias focais entre 25 mm e 32 mm, com destaque para a lente de 27 mm, que se tornou uma das mais utilizadas no projeto. A abertura ampla de T1.4 das lentes S8/i FF ajudou a alcançar o efeito de profundidade de campo reduzida, reforçando a estética visual que Bauman buscava.
Com poucas cenas envolvendo efeitos visuais, Bauman valorizou os dados integrados da Cooke, que se mostraram “inestimáveis” para a produção.
Site relacionado: https://cookeoptics.com/
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