Produzido pela empresa Oculus, do Facebook, documentário foi editado e colorizado com DaVinci Resolve Studio e Fusion Studio
A Blackmagic Design anunciou que o documentário 8K 3D “Everest VR: Journey to the Top of the World”, produzido pela empresa Oculus, do Facebook, foi editado e colorizado com DaVinci Resolve Studio e Fusion Studio.
Em abril de 2017, o famoso alpinista Ueli Steck morreu enquanto se preparava para escalar o Monte Everest e o Monte Lhotse sem a ajuda de tanques de oxigênio. Jonathan Griffith e Sherpa Tenji, amigos próximos de Ueli, tentaram concluir o projeto enquanto o premiado diretor de VR e fotógrafo de montanha Griffith capturou toda a história.
Ao longo de três anos, Griffith gravou imagens seguindo Tenji e outros alpinistas em alguns dos locais mais extremos do mundo. A série também inclui imagens que permitem aos espectadores testemunhar como é ser engolido por uma avalanche do Himalaia, atravessar uma fenda com o olhar fixado na sua profundidade, sofrer uma enorme queda durante uma escalada, acampar sob as estrelas e curtir a vista do topo do mundo.
Griffith trabalhou com um veterano especialista em pós-produção de VR, Matthew DeJohn, para edição e correção de cores, além do especialista em costura VR Keith Kolod e o designer de som Brendan Hogan.
“Foi realmente impressionante como uma equipe pequena foi capaz de fazer tudo isso. Nossa colaboração – eu trabalhando como cinegrafista com Matt e Keith – foi fundamental para fazer essa série com uma qualidade tão alta”, disse Griffith.
“Matt e Keith davam sugestões sobre como capturar para VR, como a oscilação da câmera impactava a costura, como levar em conta o Nadir e o Zênite em cada quadro e como pensar em questões de proximidade. O eficiente processo de pós-produção nos permitiu focar no que era necessário, e estou extremamente satisfeito com o resultado final. Todos os envolvidos no projeto se dedicaram totalmente e os resultados deixam isso claro.”
DeJohn foi incumbido de reunir uma enorme quantidade de imagens de vários sistemas de câmera de ponta diferentes.
“Um projeto VR geralmente tem equipes diferentes compostas por várias pessoas para edição, gradação e costura, mas com o DaVinci Resolve, Keith e eu demos conta de tudo”, disse DeJohn. “O DaVinci Resolve é perfeito para pós de realidade virtual. O fato de que todas as ferramentas que eu precisava estavam em um único aplicativo tornou todo o processo eficiente e econômico. Tanto tempo foi poupado simplesmente pela capacidade de alternar entre aplicativos com alguns cliques do mouse em vez de interromper o processo movendo arquivos de um sistema para outro.”
Para a edição, DeJohn usou o DaVinci Resolve Studio para montar a série em 2Kx2K, revinculada à fonte 8Kx8K e, em seguida, alterar a resolução da linha de tempo para 8kx8K para a colorização e renderização finais. Ele usou a aba de edição de áudio Fairlight como um conjunto de ferramentas expandido que lhe permitiu fazer ajustes finos, gerenciar diferentes tomadas de narração com camadas de áudio e gerenciar arquivos de origem variados, como narração mono, música estéreo e áudio espacial ambisônico de 4 canais.
“Para a correção de cores, usei o Resolve para garantir que manteríamos um visual honesto que ficasse consistente em vários sistemas de câmera e condições de filmagem. ”
“A realidade virtual te obriga a ser verdadeiro, então usei o DaVinci Resolve para manter todas as cenas realistas, pois qualquer indício de supersaturação ou uma gradação não natural arruinaria a experiência VR”, continuou. “Colorizei o projeto desde a primeira edição, então quando chegou a hora de finalizar a cor era apenas uma questão de retocar as coisas.”
O Fusion Studio foi usado para correções de alinhamento estereoscópico, gráficos em movimento, remoção de rigs, adicionar nadir, estabilização, correção estéreo da costura inicial, reorientação de imagens 360º, visualização das cenas 360º em um headset VR e controle de áreas focais. Um trabalho de costura mais intenso foi feito por Kolod usando o Fusion Studio.
“Cada plano de imagem nesse tipo de produção é um plano de imagem VFX, então recorri ao Fusion. Ele é melhor, mais rápido e mais acessível. O tempo de renderização é muito mais rápido e a integração fluida com o resto da pós foi extremamente eficiente”, explicou Kolod.
As imagens de um ambiente tão extremo, bem como a proximidade dos alpinistas com as câmeras, proporcionaram desafios únicos para Kolod, que teve que reconstruir partes de imagens de câmeras individuais. Ele também precisou diminuir o estéreo manualmente nas imagens dos pólos norte e sul para garantir fácil visualização, corrigir problemas de desalinhamento estéreo e distância entre primeiro e segundo planos, além de acalmar o movimento excessivo nas imagens.
“Uma correção que precisei fazer muito foi ajustar alinhamentos verticais incorretos, que criam enormes problemas para visualização. Mesmo que uma câmera esteja só um pouco desalinhada, o espectador consegue perceber”, disse Kolod. “O projeto usou uma série de câmeras fixas montadas em tripés, e você espera que as imagens fiquem totalmente estáveis. Mas basta um pouco de vento ou um leve movimento no que seria normalmente um quadro tranquilo para tornar a cena impossível de assistir em VR. Então eu usei o Fusion para estabilização em vários planos de imagem.”
“O trabalho VR de alta qualidade deve ser sempre feito com costura manual, com um artista assegurando que não há áreas irregulares. A razão pela qual essa série tem um visual tão incrível é que havia um artista envolvido em cada parte do processo, filmando, editando, colorizando e costurando”, finalizou.