A Blackmagic Design revelou que o longa-metragem independente FIRST foi filmado com câmeras Blackmagic Design e teve edição, efeitos visuais e tratamento de cores realizados com o software de montagem, gradação, VFX e pós-produção de som DaVinci Resolve Studio. O filme, codirigido e coproduzido por Jahmela Yarbrough e Brandon Yarbrough, foi captado pelo diretor de fotografia Will Novy. A estreia aconteceu no festival de cinema Pan African, evento que qualifica ao Oscar. FIRST segue Charles (Will Catlett), um jovem documentarista que desiste do sonho de ser cineasta. No entanto, quando Charles reencontra sua amiga de infância Robin (Jahmela B. Yarbrough), os dois acabam entrando em um território que sempre desejaram, mas tinham receio. Charles documenta a trajetória de como esses amigos de infância se apaixonam, um de cada vez.
O conceito de FIRST começou como uma série digital no canal de Issa Rae no YouTube, HOORAE Media. “Escrevi FIRST simplesmente porque eu tinha afinidade com histórias de amor e queria muito ver uma história onde os personagens se parecessem comigo. Depois de duas temporadas, percebi que existem muitas pessoas como eu no mundo inteiro que desejam assistir e vivenciar a mesma coisa”, disse Jahmela.
A série rapidamente conquistou mais de 7 milhões de visualizações, e a equipe percebeu que havia causado um impacto. “FIRST atendeu à enorme demanda das pessoas negras que queriam se ver representadas na telinha”, disse a produtora Lynneise Joseph. “Foi uma das primeiras webséries a representar pessoas negras de forma positiva. FIRST continua sendo uma das principais webséries do canal de Issa Rae no YouTube, tendo recebido inúmeros pedidos de fãs para virar filme.”
Brandon e Jahmela resolveram tomar a iniciativa, produzindo e dirigindo o longa-metragem através da empresa Yarbrough Studios.
Para Brandon, a escolha das câmeras Blackmagic Design foi fácil. “Sempre amei as câmeras Blackmagic. Lembro que muito tempo atrás peguei uma câmera emprestada com um amigo para filmar uns projetos e fiquei obcecado. Comprei a Blackmagic Pocket Cinema Camera 6K assim que ela foi lançada, e quando chegou a hora de rodar esse filme, nossa decisão de usar câmeras Blackmagic foi fácil”, disse. “Nosso cronograma e orçamento eram muito apertados, então optamos por uma filmagem multicâmera. Eu sabia que o tamanho e o peso da Pocket 6K e da Pocket 6K Pro nos ajudariam a trabalhar com agilidade, e a qualidade que você pode alcançar é incrível.”
Novy, que também já havia trabalhado com câmeras Blackmagic, ficou feliz com a escolha. “Tendo experiência com a Blackmagic, eu sabia que elas acompanhariam o ritmo acelerado do set”, disse. “Usamos uma Pocket Cinema 6K, uma Pocket Cinema 6K Pro e uma URSA Mini Pro 12K. As câmeras Pocket foram usadas em 90% das filmagens, com a 12K usada em cenas de acrobacias e quando precisávamos de cobertura extra. Por exemplo, havia uma cena em que os dois atores principais pulavam em uma piscina. Estávamos correndo contra o sol para filmar aquela cena, mas com as nossas três câmeras conseguimos concluir o nosso dia antes de perder a luz.”
Brandon gostou da versatilidade das câmeras e se sentiu confiante de que a qualidade seria consistente, independentemente do modelo de câmera utilizado. “Todas essas câmeras são robustas. Nos meus projetos, sempre procuro garantir que as ferramentas utilizadas não sejam um obstáculo, principalmente quando temos que trabalhar com rapidez. As câmeras Blackmagic encararam tudo perfeitamente e nos deram liberdade para criar.”
A equipe escolheu o Blackmagic RAW como codec, buscando um equilíbrio entre alta qualidade e tamanhos de arquivo razoáveis. “Como DF, gosto de gravar com o máximo de qualidade e resolução possível, mas é preciso fazer sacrifícios quando você está filmando com três câmeras e espaço limitado no disco rígido”, acrescentou Novy. “Acabamos optando por filmar em Blackmagic RAW com taxa de bits constante 5:1 para maximizar a qualidade e ao mesmo tempo economizar espaço no disco rígido.”
Novy ficou satisfeito que a escolha não impactou a qualidade da imagem. “No filme, havia uma cena de festa com muito pouca luz e cores saturadas que pensei que precisaria de ajustes de cor e remoção de granulação”, continuou. “Mas, quando chegou a hora da gradação, fiquei surpreso positivamente com a maneira que as diversas cores se mantiveram e precisaram de pouca ou nenhuma mudança, a não ser um pequeno reforço de saturação.”
Com protagonistas afro-americanos, Brandon ficou feliz que a faixa dinâmica do sensor representou os tons de pele com precisão. “Cada cena mostra como a ciência de cores é maravilhosa”, acrescentou Brandon. “As câmeras captaram tons de pele, especialmente os tons de pele mais escuros, de forma deslumbrante.”
Brandon assumiu a tarefa de editar. Tendo trabalhado com outros aplicativos no passado, ele fez a transição para a montagem no DaVinci Resolve Studio em 2020. “Essa foi de longe a experiência de pós mais simples e tranquila dos meus 20 anos de edição”, disse. “Com outros aplicativos que usei no passado, a instabilidade era um grande problema. Os projetos davam erro o tempo todo, e cheguei até a perder projetos inteiros. Migrar para o DaVinci Resolve me poupou muito tempo e dor de cabeça. Ele é muito fluido e estável, e eu não tive problemas nesse projeto.”
Os vários conjuntos de ferramentas disponíveis no DaVinci Resolve Studio foram úteis tanto na gradação de cores quanto na criação de efeitos visuais no Fusion, eliminando a necessidade de contratar fornecedores externos. “Quando iniciei esse projeto, não conhecia o Fusion muito bem”, continuou Brandon. “Como eu vinha utilizando um sistema de composição baseado em camadas, os nós não faziam muito sentido. Mas, depois que passei um tempinho aprendendo os nós, um mundo de possibilidades se abriu. Contar com uma ferramenta tão poderosa no DaVinci não tem preço. Se estiver lendo isso, faça um favor a você mesmo e invista tempo para aprender o Fusion. Não é intimidante nem complicado como parece.”
A produção foi colorizada no DaVinci Resolve Studio por Sarah Sebring. Para Jahmela, os elementos-chave eram as transições entre épocas, já que o filme acompanha os personagens ao longo do tempo. “Acompanhamos os personagens em diferentes períodos de tempo, da infância à idade adulta”, disse Jahmela. “A Sarah, sutilmente, concebeu uma estética anos 90, um look do início dos anos 2000 e um visual atual, sempre mantendo uma qualidade coesa. Ela fez um trabalho maravilhoso de harmonização do filme.”
Sobre o processo de tratamento de cores, Brandon não teve do que reclamar. “Realmente não tivemos nenhum problema durante a série. Acho que isso diz tudo sobre o ecossistema da Blackmagic Design que usamos nesse filme, desde as câmeras até o acabamento. Não só funciona como funciona bem. Ele oferece tudo o que precisamos”, concluiu.
Site relacionado: https://www.blackmagicdesign.com
Acompanhe a Panorama Audiovisual no Facebook e YouTube
