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Hawk-Eye: o futuro do rastreamento de dados no esporte com o SkeleTRACK

SkeleTRACK captura informações biomecânicas, aprimora o desempenho dos atletas e melhora as transmissões

Por Ricardo Batalha

O rastreamento esquelético existe há algum tempo. Inicialmente popularizado nos videogames, a tecnologia usava sensores para capturar o movimento humano e permitir interações em jogos, exibições interativas e experiências em realidade virtual ou aumentada. No esporte, as tecnologias tradicionais de rastreamento de jogadores sempre dependeram do monitoramento do centro de massa (CoM), registrando um único ponto no corpo do atleta. Esse método, embora amplamente utilizado com câmeras e dispositivos vestíveis, tem limitações para mapear os movimentos de membros e outras partes do corpo.

O rastreamento esquelético surge como uma evolução natural dessa abordagem, superando desafios como:

– Restrições de uso: Em esportes como o tênis, algumas entidades não permitem dispositivos vestíveis durante as competições. Apenas recentemente a ATP Tour autorizou o uso de certos dispositivos, mas apenas em seus eventos, excluindo os quatro Grand Slams.
– Falta de precisão: Monitorar um único ponto pode resultar em medições incompletas ou imprecisas dos movimentos do atleta.

SkeleTRACK
Desenvolvido pela Hawk-Eye, o SkeleTRACK é uma tecnologia avançada de rastreamento esquelético criada para transformar a análise esportiva e a experiência dos torcedores. Diferente das soluções focadas apenas no rastreamento de CoM, o SkeleTRACK converte os dados esqueléticos em informações acionáveis para melhorar o desempenho, as transmissões, a arbitragem e o engajamento do público.

A tecnologia utiliza rastreamento óptico avançado para monitorar com precisão os movimentos de atletas e objetos, como bolas, raquetes ou tacos. Capturando 29 pontos no corpo do jogador, o sistema fornece detalhes incomparáveis sobre biomecânica e movimentação.

No tênis, por exemplo, o SkeleTRACK oferece dados que impactam diretamente o treinamento e a estratégia:

– Análises biomecânicas: Mede ângulos como a flexão do joelho no saque para acompanhar ajustes técnicos feitos nos treinos. Esses dados podem indicar fadiga ou até prever lesões.
– Métricas da raquete: Monitora sete pontos-chave da raquete para analisar trajetória, ângulo e velocidade, permitindo entender como essas variáveis influenciam a bola em cada golpe.

O sistema atende às necessidades de atletas, emissoras e torcedores, com aplicações como:
– Análise de desempenho: Coleta métricas em tempo real, como ângulos do joelho e cotovelo, posição dos ombros e eficiência de movimento, permitindo ajustes precisos na performance.
– Aprimoramento das transmissões: Exibe dados em tempo real, como velocidade máxima e porcentagem de equilíbrio, enriquecendo a experiência do espectador com sobreposições em realidade aumentada.
– Recriações virtuais: Gera simulações imersivas de partidas para transmissões alternativas, atraindo públicos mais jovens e facilitando o entendimento de momentos complexos do jogo.

Ao ir além do rastreamento de CoM, o SkeleTRACK estabelece um novo padrão para a análise esportiva. Sua precisão e a profundidade das informações biomecânicas não apenas ajudam atletas a melhorar seu desempenho, mas também aprimoram as transmissões e criam novas formas de engajamento do público.

Site relacionado: https://www.hawkeyeinnovations.com

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