‘I’m Fine (Thank You For Asking)’ foi gravado com a Blackmagic Pocket Cinema Camera 6K em Blackmagic RAW e colorizado no DaVinci Resolve Studio
A Blackmagic Design revelou que o longa-metragem independente “I’m Fine (Thank You For Asking)”, que estreou no South by Southwest Film Festival deste ano, foi gravado com a Blackmagic Pocket Cinema Camera 6K em Blackmagic RAW e colorizado no DaVinci Resolve Studio.
Escrito por Kelley Kali, Angelique Molina e Roma Kong, e codirigido por Kali e Molina, o filme conta a história de uma mãe recém-viúva que, depois de ficar sem teto, convence sua filha de oito anos que elas estão acampando apenas por diversão enquanto ela trabalha para tirá-las das ruas. O filme de orçamento baixíssimo, além de expor as provações de uma mãe durante a pandemia, realmente foi gravado em 2020, o que trouxe desafios únicos para garantir a segurança no set. “Tivemos que filmar muito em um tempo curto”, disse a produtora Capella Fahoome. “A nossa equipe precisava ser ágil, o que determinou nossas escolhas de câmeras.”
As cineastas escolheram a Pocket Cinema Camera 6K não só pela qualidade da imagem, mas também pelo design. “Um dos motivos pelos quais escolhi a Pocket 6K foi o tamanho físico”, disse a cinegrafista Becky Baihi Chen. “Como boa parte das filmagens eram em locações externas, não queríamos chamar muita atenção. Meu primeiro assistente de câmera, Junyi “James” Song, e eu colocamos a Pocket 6K em um Ronin S e adicionamos uma alça extra no rig para um controle maior.” Já que a Danny, personagem principal interpretada por Kali, patinava durante o filme, a Chen teve que encontrar maneiras criativas de manter as imagens orgânicas, e ao mesmo tempo simples e facilmente gerenciáveis, considerando a equipe pequena.
“Logo no começo, tínhamos uma cena em que a Danny patinava até o parquinho das redondezas”, acrescentou Chen. “Percebi que poderia ser impactante segui-la enquanto ela patinava. Como eu tinha uma câmera compacta em um gimbal pequeno, conseguia me mover facilmente junto com a Kelley, podendo até passar por baixo dos escorregadores para obter imagens fluidas enquanto ela patinava. Naquele momento, percebi que a Pocket 6K era a câmera ideal para este filme. Ela me deu a liberdade de me movimentar o quanto eu quisesse.”
A produção permaneceu orgânica e criativa, e a Chen preferia seguir o fluxo dos acontecimentos enquanto trabalhava com a Kali e a Molina. “Tínhamos algumas improvisações no filme, por isso geralmente decidíamos os ângulos de filmagem no dia da gravação. A Kelley e a Angelique me deram muita liberdade para ser responsiva e espontânea com minha câmera durante as tomadas. Com a Pocket 6K, eu podia me mover livremente, sem ser intrusiva enquanto a cena fluía. Você não consegue fazer isso com um equipamento maior.”
Chen também optou por filmar em Blackmagic RAW com taxa de bit constante 5:1, o que trouxe confiança para que ela gerenciasse os desafios das condições de iluminação de uma produção pequena. “Gravamos muitas cenas diurnas externas, então, durante a filmagem, eu verificava as cores falsas na câmera regularmente para ter certeza de que os realces não estavam sendo cortados. Nos deparamos com situações desafiadoras em que as personagens estavam paradas na sombra, mas a luz forte do sol da manhã atingia as paredes de cores claras atrás delas. Não tínhamos pessoal ou orçamento para trazer luzes grandes para as cenas, então tivemos que filmar com o que estava disponível. Expor a cor falsa na câmera e saber que estava filmando em Blackmagic RAW me deu segurança de que seria possível equilibrar a exposição e trazer de volta os detalhes na pós.”
Após a edição de Katie McLellan e Angelica Lopez, o filme foi conformado por Lopez no DaVinci Resolve. “Adorei utilizar o programa para a conformação porque isso também abriu a oportunidade para o nosso colorista manipular todos os metadados da câmera, ao invés de receber um arquivo VAM ProRes 444 que sobrepõe a profundidade de cores de bits e remove a capacidade de manipular a exposição, o obturador da câmera e qualquer informação adicional da câmera, o que flexibilizou as sessões de gradação de cores.”
Lopez elogiou o amplo conjunto de ferramentas disponível no DaVinci Resolve. “Eu recorri bastante à página de edição para estabilizações divididas e completas”, disse Lopez. “A recente adição de sobreposição de código de tempo torna muito mais flexível confirmar códigos de tempo de origem embutidos em qualquer mídia que não esteja em conformidade com a importação do AAF. Assim que consegui gerenciar toda a mídia das filmagens, designei ao nosso colorista um projeto de cores que basicamente consistia em duplicar meu projeto conformado e, em seguida, vinculá-lo novamente à mídia recém-consolidada. Eu adorei esse processo porque ele retém todos os meus metadados relacionados a redimensionamentos / reposicionamentos, mas especialmente minhas estabilizações aprovadas. Dessa forma, eu sei que o colorista está vendo o que eu estou vendo na finalização.”
O colorista Harry Locke IV ficou satisfeito com as filmagens em Blackmagic RAW quando começou a gradação no DaVinci Resolve Studio. “Eu não poderia ter tido uma experiência melhor trabalhando com a filmagem. Fiquei surpreso com a qualidade da imagem inalterada que a Pocket 6K foi capaz de produzir e, combinado com o talento da Becky, os copiões em Blackmagic RAW eram ricos em faixa dinâmica, com uma preservação maravilhosa de realces, tons de pele e informações de detalhes que teriam sido facilmente perdidos em um codec inferior.”
Enquanto Chen, Kali e Molina trabalhavam com o Locke usando diversas referências de filmes para o look, a equipe acabou encontrando seu próprio estilo. “Acho que elaboramos um tratamento de cores preciso e único para compor o clima e o fluxo deste filme”, disse Locke. “Eu sempre enfatizo para os cineastas com quem trabalho, que embora os coloristas possam parecer muito técnicos, na essência também estamos muito interessados na história em geral e fazemos o nosso melhor para garantir que o visual que criamos sirva para fortalecer a narrativa. Neste filme, o calor e a temperatura são antagonistas invisíveis, que pesam sobre a personagem principal, então era imperativo que o visual tornasse isso uma força quase tangível para o público.”
Locke colorizou o filme no DaVinci Resolve Studio e aproveitou sua flexibilidade, bem como as inúmeras ferramentas disponíveis no sistema. Usando PowerGrades, Locke desenvolveu looks que poderiam ser compartilhados em todo o projeto, trazendo consistência. “A primeira vez que criei um PowerGrade específico para emular filme 35mm foi na criação do visual deste longa, e me surpreendi positivamente com a flexibilidade que os PowerGrades me deram para trabalhar de forma mais rápida e eficaz do que quando utilizo LUTs criativas.”
“Especialmente durante a sessão de revisão de cores, onde as cineastas queriam por vezes aumentar ou diminuir a quantidade de granulação de filme, haulação ou saturação que o meu visual gerava. O PowerGrade manteve todos os elementos do look distribuídos em nós individuais, ao invés de sobrepor todos em um, por isso eu podia ir direto para uma imagem e ajustá-la sem ter que quebrar o disco.”
Locke não apenas valorizou as ferramentas do painel Color, mas a flexibilidade adicional de outros painéis, incluindo o Fusion. “As substituições de céu também foram uma parte grande no tratamento de imagens complicadas em que apenas o qualificador de cor não era suficiente para cortar os céus nublados ou cinza. Foi simples mim pegar fundos de céu claro, fazer alguns rastreamentos avançados na aba Fusion e criar composições de céu azul encorpado que se encaixavam muito melhor com o visual geral da imagem e mantinham a sensação de sol e claridade.”
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