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Grass Valley: Nahuel Villegas fala sobre fluxos de trabalho IP e a perspectiva da indústria

Por Ricardo Batalha

Por Nahuel Villegas (*)

Os hábitos dos consumidores estão mudando o mundo do vídeo, com imagens de alta qualidade e uma visualização cativante e imersiva como padrão. Este é o caso quando se trata de conteúdo ao vivo. Para satisfazer a demanda dos consumidores ávidos por conteúdo, os broadcasters e os produtores de conteúdo devem produzir e fornecer simultaneamente cobertura ao vivo em plataformas lineares, online e de redes sociais para várias regiões. Ao olhar para as tendências da tecnologia em 2020, oferecer ao público a melhor experiência possível certamente continuará sendo um fator determinante.

A transição para IP continua
No cenário de mídia em constante evolução de hoje, operadores, broadcasters e proprietários de conteúdo devem implementar equipamentos e fluxos de trabalho flexíveis, escaláveis, reconfiguráveis e prontos para o futuro. O IP responde a todos esses requisitos.

As infraestruturas e os fluxos de trabalho IP oferecem a escalabilidade e agilidade necessárias para resoluções mais altas (UHD ou UHD HDR), são mais ágeis que os ambientes SDI e também podem lidar com a entrega simultânea multiplataforma e a integração de redes sociais. Isso, por sua vez, abre novas e inovadoras formas de trabalho, essenciais para negócios de mídia bem-sucedidos e prontos para o futuro.

Embora o IP exija um investimento significativo no curto prazo, o retorno a longo prazo, resultante da maior flexibilidade e eficiência do fluxo de trabalho, continuará fazendo esse investimento valer a pena para um número crescente de clientes.

Embora o IP exija um investimento significativo no curto prazo, o retorno a longo prazo, resultante da maior flexibilidade e eficiência do fluxo de trabalho, continuará fazendo esse investimento valer a pena para um número crescente de clientes.

Em 2019, vários dos principais broadcasters da região da América Latina implementaram infraestruturas IP baseadas em padrões abertos e fluxos de trabalho IP nativos em instalações novas e atualizadas.

A TV Globo também implementou uma ampla série de soluções IP da Grass Valley em seu novo Centro Exibidor em São Paulo. A emissora adotou uma topologia “Spine and Leaf”, contando com o Monitoramento e Controle Orbit da Grass Valley para orquestrar a solução completa. O novo complexo atualmente transmite os dois principais canais da TV Globo e ajudará a atender à demanda por mais conteúdo em uma gama cada vez mais diversificada de plataformas.

Além disso, a TV Globo escolheu as soluções de infraestrutura IP baseadas em padrões abertos da Grass Valley para os três (3) estúdios de seu novo complexo MG4, no Rio de Janeiro, e a renovação de dois (2) estúdios do complexo MG1. Assim, beneficiou-se de uma configuração mais rápida, maior eficiência operacional, gerenciamento centralizado de rede e maior capacidade para produzir mais conteúdo dramático e de entretenimento.

A emissora mexicana Televisa também confiou nas soluções da Grass Valley para apoiar sua migração de SDI para uma infraestrutura totalmente IP, aumentando sua capacidade de oferecer o melhor conteúdo esportivo ao vivo para mais espectadores. A nova infraestrutura IP da Televisa permite que a estação receba e distribua sinais em qualquer formato e resolução em todas as suas instalações, estendendo facilmente a migração para IP em qualquer uma delas. O sistema fornece não apenas flexibilidade e eficiência, mas também um sistema de controle unificado que permite um gerenciamento de rede granular para administrar com eficiência a capacidade e maximizar a entrega de conteúdo para mais espectadores.

A Televisa optou pelas soluções Grass Valley por serem baseadas em padrões abertos, incluindo uma ampla gama de produtos como o GV Convergent, GV Node & iQUCP, Sirius 800 IP Router, MasterPiece IP para controle mestre e também Orbit para monitoramento de rede e sinais, Multiviewers IP Kaleido, gateways IPVU, módulos de referência e vários painéis de controle.

A Record TV escolheu as soluções IP da Grass Valley para atualizar sua capacidade de produção de broadcast. A parceria oferece à emissora maior escalabilidade, flexibilidade e a transição para um modelo operacional baseado em OPEX.

À medida que o impulso acelerado por trás do IP continua crescendo, a indústria também está olhando além de uma abordagem simples de E/S para IP, e estamos começando a avançar em direção ao processamento IP interno, ou o que é conhecido como “full raster”. Para a Grass Valley, como pioneira na transição da indústria para IP, essa é uma prioridade muito importante. Em 2020, o fluxo de trabalho se tornará ainda mais centrado no IP, reduzindo o número de vezes que um sinal precisa ser convertido para otimizar a eficiência do fluxo de trabalho.

À medida que o impulso acelerado por trás do IP continua crescendo, a indústria também está olhando além de uma abordagem simples de E/S para IP, e estamos começando a avançar em direção ao processamento IP interno, ou o que é conhecido como “full raster”.

Produção distribuída, uma maneira mais inteligente e rápida de trabalhar

A transição da indústria para o IP baseado em padrões abertos está avançando na migração para fluxos de trabalho remotos/at-home, que levam a maioria da infraestrutura de produção de eventos ao vivo de volta para um estúdio doméstico ou centralizado.

À medida que os broadcasters e equipes de produção equilibram orçamentos mais restritos com a demanda dos consumidores para cobertura de eventos ao vivo de primeira classe, é uma prioridade encontrar maneiras de produzir conteúdo com boa relação custo-benefício. Os fluxos de trabalho de produção remota ou at-home permitem que as equipes de produção trabalhem de maneira mais inteligente e com maior agilidade e flexibilidade, reduzindo os custos em até 30%.

Além da economia óbvia de tempo e custo resultante do envio de uma quantidade menor de equipamentos e profissionais para o local, os modelos de produção remota permitem que a mesma equipe cubra mais eventos ao vivo em um dia. A centralização da produção também permite que broadcasters e empresas de produção contem com os melhores operadores e editores para manter os valores de produção consistentemente altos.

Durante 2020, a produção remota continuará evoluindo à medida que forem desenvolvidas soluções para uma maior distribuição de recursos. Hoje, não é incomum ter uma pequena equipe de produção no local de um evento, enquanto uma equipe adicional está em um local fixo recebendo sinais e produzindo o programa ao vivo. De fato, a pandemia de Covid-19 pela qual estamos passando neste exato momento nos obriga a pensar e trabalhar dessa maneira. E todos aqueles que já migraram para o IP hoje estão tirando proveito disso.

O próximo passo lógico é o que a Grass Valley chama de produção remota distribuída, na qual é possível utilizar um número maior de locais e fluxos de trabalho mais flexíveis graças à conectividade de alta largura de banda. Um diretor técnico poderá trabalhar em vários eventos ao vivo, em diferentes países, em um único dia, e a equipe de profissionais ao vivo poderá cobrir vários jogos sem ter que viajar. Esta é a evolução que esperamos e não é um futuro muito distante.

A produção distribuída também levará os fluxos de trabalho sustentáveis a um novo nível e proporcionará maior bem-estar à equipe de produção, reduzindo viagens, longos períodos na estrada e tempo fora de casa, além de aproveitar a consistência do fluxo de trabalho que oferece melhores produções. O jogo médio de futebol ou rugby ou um campeonato de esqui de uma semana também terá uma pegada de carbono muito menor graças a este modelo.

Liderando o caminho

Em 2020, continuaremos fornecendo aos clientes da Grass Valley as soluções de produção da mais alta qualidade do mercado e aumentando a eficiência de seus fluxos de trabalho. Como empresa, também assumimos a colaboração como uma prioridade estratégica.

Essa abordagem fornece vantagens únicas para nossos parceiros e para nós, mas o mais importante: para nossos clientes. Ao fazer parceria com outros fornecedores por meio da Grass Valley Technology Alliance (GVTA) para criar soluções interoperáveis certificadas que complementam nossa oferta de soluções já ampla, facilitamos o trabalho dos clientes.

Esperamos mais iniciativas nos próximos 12 meses e continuaremos demonstrando nossa liderança por meio da colaboração.

Certamente e além da pandemia pela qual estamos passando, esperamos muitas outras iniciativas nos próximos 12 meses, enquanto continuamos demonstrando nossa liderança nos fluxos de trabalho IP por meio da colaboração contínua com nossa ampla e muito fiel base de clientes Grass Valley.

Nahuel Villegas

VP de Vendas (Latam) da Grass Valley

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