A Blackmagic Design anunciou que o cinegrafista Jackson Cooper Gango filmou recentemente uma série de comerciais para a Owensboro Racing and Gaming com a câmera digital cinematográfica URSA Cine 12K LF e o software de edição, gradação de cores, efeitos visuais (VFX) e pós-produção de som DaVinci Resolve Studio.
Convidado por Tim Connery, colaborador frequente e fundador do DreamCatcher Studios, Gango foi responsável pela produção dos comerciais do complexo de jogos e entretenimento localizado em Kentucky. O cliente queria que o ambiente transmitisse diversão e fosse convidativo para o público jovem, sem perder a conexão com o público adulto tradicional”, explicou Gango.
Com experiência em diversos projetos semelhantes em todo o país, Gango sabia que o desafio ia além de simplesmente mostrar pessoas se divertindo. “Os clientes com quem trabalhamos são sempre muito exigentes em relação à aparência das máquinas no resultado final. Uma tela de jogo com exposição exagerada ou saturação inadequada pode determinar na hora se conseguimos ou não captar o produto principal do cliente. Eles também querem que o espaço pareça especial, mesmo que muitos desses locais sejam bem parecidos em termos de jogos e layout”, explicou.
As cores fortemente saturadas e as luzes intensas, comuns nas máquinas e nos salões de jogos, representam um grande desafio durante as filmagens e costumam causar problemas para alguns sistemas de câmera.
“Duas questões importantes me preocupavam, pois já tinham causado problemas em nossas campanhas de jogos no passado”, continuou Gango. “Existem certos tons de azul saturado que normalmente preciso controlar ou até evitar quando estou usando outras câmeras. O salão de jogos também conta com muitas cores saturadas, que atingem níveis extremos muito rapidamente, o que pode fazer com que algumas se percam e gere mais trabalho para o colorista. Mas, com a URSA Cine 12K LF, conseguimos conter essas cores e, utilizando o Blackmagic RAW, conseguimos preservá-las na pós.”
O projeto também exigia segmentos de filmagens em alta velocidade e incluía movimentos rápidos, que costumam ser um desafio para determinadas câmeras. “Filmamos muitos momentos em taxas de quadros mais altas, o que em outras câmeras costuma exigir sacrifícios de resolução, tamanho de sensor ou área de captação, mas não com a 12K LF. Poder simplesmente mudar de resolução para aumentar a taxa de quadros, sem afetar o fator de corte da lente, é sensacional. E, pessoalmente, sou extremamente rigoroso em relação à rolagem do obturador. A URSA Cine 12K LF teve um desempenho excepcional. Se você reduz a resolução para 8K ou 4K, a taxa de leitura fica ainda melhor. Honestamente, em 4K, é a melhor que já vi”, afirmou Gango.
O colorista Ryan McNeal também se mostrou animado em trabalhar com a URSA Cine 12K LF e observou: “Havia dois desafios técnicos e estávamos animados para ver como o novo sensor se sairia”, disse. “Locais como esse são iluminados para a visão humana e projetados para criar um clima, então sabíamos que haveria muitas áreas escuras e sombras intensas no quadro. Com um salão tão amplo, boa parte do fundo teria que ser iluminada apenas com a luz ambiente. Em outras câmeras, isso exigiria muito do sensor, tanto em termos de exposição quanto de ruído. O segundo desafio técnico era a presença inevitável de fontes práticas supersaturadas no quadro. Todas as máquinas caça-níqueis e a iluminação dinâmica utilizam RGB extremo, muito além do espaço de cor BT.709 no qual faríamos a finalização.”
No fim, a URSA Cine 12K LF apresentou um ótimo desempenho. “As imagens estavam surpreendentemente limpas, em vez do ruído e das limitações de exposição que normalmente se esperam nessas situações”, continuou McNeal. “Não precisei reduzir o ruído da câmera em nenhum momento. Mesmo em câmeras de cinema muito mais utilizadas, quase sempre preciso, no mínimo, limpar o ruído cromático, mesmo em planos bem expostos.”
Embora o sensor avançado tivesse lidado muito bem com a saturação, nem mesmo as melhores câmeras conseguem controlar uma supersaturação em todas as situações. No entanto, McNeal, um colorista com experiência no DaVinci Resolve Studio, sabia que tinha as ferramentas necessárias para resolver o problema.
“Depois de resultados inconsistentes com as ferramentas básicas, parei para revisar as configurações de RAW da câmera no meu projeto do DaVinci Resolve e notei a opção de Compressão de Gama. Marcamos essa opção e imediatamente houve uma melhora na modulação da saturação. Em seguida, combinamos com o plugin OFX Mapeamento de Gama e definimos o Método de Mapeamento da Gama de Cores para Compressão de Saturação, ajustando os valores de joelho e saturação máxima para manter os tons mais extremos dentro dos limites seguros do vetorscópio. Isso resolveu todos os problemas de supersaturação.”
Site relacionado: https://www.blackmagicdesign.com
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