RFS e EAD unem forças para colocar em prática um dos trabalhos mais complexos em termos de realocação de canais.
Desde o leilão da faixa de 700 MHz para operadoras de telefonia em 2015, vive-se o complexo processo de adequação, recanalização para então a instalação dos transceptores do LTE e a cidade de São Paulo é um dos pontos mais críticos da operação, seja pelo interessante potencial econômico que representa para as operadoras, seja pelos desafios técnicos em termos de radio frequência.
A RFS – Radio Frequency Systems e a EAD – Entidade Administradora da Digitalização de Canais TV e RTV, anunciaram hoje que estão atuando para um dos pontos mais críticos desta operação, o repacking da torre do Sumaré (SP).
São quatro radiodifusores transmitindo canais de televisão de alta potência (15 mil watts cada) que foram remanejados, o que permitiu a liberação da faixa de 700MHz para as operadoras de telefonia móvel na região metropolitana de São Paulo. Um dos principais desafios do processo era realizar o remanejamento dos sistemas sem afetar a transmissão dos canais de televisão durante sua programação diária normal.
Localizada na área central de São Paulo, a torre Sumaré enfrenta desafios como a grande circulação de pessoas na região e dificuldade logística para armazenagem e manuseio de materiais pesados. “Para uma bobina de cabo de quatro metros de altura e três toneladas chegar ao local, por exemplo, foi necessário um alinhamento com as autoridades locais e equipes de implantação, além do suporte de operadoras de telefonia e energia, uma vez que há cabeamentos públicos no trajeto e a necessidade de uma operação especial para circulação”, afirma Renato França, Diretor de Vendas e Serviços da RFS.
A fim de agilizar a liberação do espectro de radiofrequência de 700MHz em São Paulo para o início das operações do LTE700, foi implantado um sistema temporário que permitiu aos radiodifusores utilizarem uma antena reserva até que a nova fosse instalada. Além disso, um combinador de canais dentro da sala técnica garantiu a flexibilidade necessária para essa etapa de transição, que foi concluída com êxito no final de maio, um mês antes do previsto.
Em agosto, o projeto está concluindo sua fase mais complexa, que envolveu a desinstalação da infraestrutura antiga, incluindo uma antena de 14 toneladas e 30 metros de altura instalada no topo da torre de 150 metros, além do preparo para receber os sistemas definitivos. Foi necessário construir uma estrutura de apoio ao redor da torre para garantir a segurança da operação, além de um cálculo estrutural para evidenciar que ela não seria danificada e suportaria todos os esforços sobre si.
Mais de 50 pessoas da RFS atuam no projeto Sumaré, entre diretos e contratados, além da equipe de Engenharia da EAD. “Cumprir o cronograma acordado e garantir a segurança de todos são nossas prioridades. Para isso, uma equipe de segurança do trabalho foi diretamente envolvida nas atividades“, completa Renato.
A RFS, além da fabricação, realizou a gestão do processo de logística nacional e internacional, cálculo estrutural da torre, desinstalação dos sistemas antigos, instalação, remanejamento e testes dos novos sistemas, e gestão ambiental, que inclui o descarte correto do que é retirado do local.
O projeto Sumaré considerava originalmente um prazo de 12 a 13 meses de implantação e foi consolidado em 8 meses. “Tudo isso foi possível devido a um cronograma preciso, com previsões adequadas para situações de contingência e comprometimento das equipes envolvidas”, afirma Gunnar Bedicks, diretor técnico da EAD.