O Módulo de Gravação 4 (MG4) foi inaugurado na quinta-feira (08) após mais de três anos de estudos, 18 meses de obras e investimentos de R$ 207 milhões
Foram mais de três anos de estudos, 18 meses de obras e investimentos de R$ 207 milhões para a inauguração, nesta quinta-feira (08), do chamado Módulo de Gravação 4 (MG4). Segundo a notícia divulgada pelo UOL, é um colosso em matéria de tecnologia e facilidades para gravação. Mais importante, amplia em cerca de 50% a área de estúdios da Globo. Para quê? Para fazer mais novelas. “Esta é uma aposta para o futuro. Uma novela tem, em média, 70% feita dentro de um estúdio, 20% feita na cidade cenográfica e 10% em externas. Em 2014, quando foi tomada esta decisão, nós percebíamos que a nossa capacidade de produção interna estava batendo nos 100%. Por isso, a certeza da necessidade de ampliação da capacidade de produção aqui.
“Esta é uma aposta para o futuro. Uma novela tem, em média, 70% feita dentro de um estúdio, 20% feita na cidade cenográfica e 10% em externas. Em 2014, quando foi tomada esta decisão, nós percebíamos que a nossa capacidade de produção interna estava batendo nos 100%. Por isso, a certeza da necessidade de ampliação da capacidade de produção aqui dentro”, explicou Carlos Henrique Schroder, diretor-geral da Globo.
Diretor de Teledramaturgia, Silvio de Abreu também destacou a aposta em novelas como a razão de ser do investimento da Globo: “Porque quando uma emissora como a TV Globo confia tanto nesse gênero que faz um projeto deste tamanho, com este custo, é porque ela acredita que nós vamos ainda continuar durante muito tempo fazendo novela.”
Ricardo Waddington, diretor de Produção da Globo, lembrou que a falta de espaço para fazer novelas, “é algo que a gente traz dos anos 1980”. O MG4 se destinará, inicialmente, apenas para a produção de novelas, começando por “Amor de Mãe”, de Manoela Dias, com direção de Jose Luiz Villamarin, que estreia em 25 de novembro.
Os três novos estúdios (K, L e M) que compõem o complexo, cada um com 1.500 metros quadrados de área útil, vão permitir o uso de cenários fixos, encerrando a prática de montagem e desmontagem que ocorre em todas as gravações de novelas.
Mas, como observou Schroder, “não adiantava ter possibilidade de gravação se você não tivesse o que gravar.” Isso explica o trabalho de renovação de autores. “Como a gente se prepara para este novo tempo, para este tipo de competição? Não é só com a gravação. Hoje temos cerca de 250 autores na casa. Já temos programados para 2019, 2020, 2021 ‘Malhação’, novela das 18h, das 19h, das 21h, das 23h. Data em que começa a produção, número de capítulos, data de estreia, término. Esse foi o passo mais importante”, disse.
Segundo Silvio de Abreu, o planejamento vai além. “Já tenho uma planificação de novelas até 2023. Já sei quais serão as novelas e os capítulos já estão sendo escritos. ‘Amor de Mãe’ (a próxima das 21h) já tem dez blocos de capítulos escritos, ou seja, 60 capítulos.”, disse.
O diretor de Teledramaturgia afirma que o trabalho está cada menos intuitivo e mais científico. “Você tinha a ideia de que deveria fazer a novela de pouquinho em pouquinho pra ver o que o povo gostava e não gostava. Mas isso não é verdade. Porque a gente tem uma expertise aqui, um grupo de leitores, e as pessoas que trabalham no departamento, que conseguem detectar, pelo texto, se a história está indo bem ou mal. E a gente manda refazer. O processo é muito mais racional hoje.”