O estúdio australiano SynthTemple vem se firmando como um refúgio criativo para músicos, produtores e entusiastas da síntese sonora de todo o mundo. Unindo estúdio de gravação e museu interativo de instrumentos eletrônicos, o espaço oferece uma experiência sonora imersiva viabilizada pela tecnologia de monitoramento ativo inteligente da Genelec.
Localizado no bairro de Kew, em Melbourne, o SynthTemple foi idealizado por Tony Osmond, colecionador apaixonado por sintetizadores que abriga uma das maiores coleções do hemisfério sul, incluindo raridades como o EMS utilizado pelo Pink Floyd no álbum “The Dark Side of the Moon” (1973). Mais que um acervo estático, o estúdio foi projetado para permitir que os artistas explorem livremente o potencial criativo dos sintetizadores clássicos, em um ambiente de acústica controlada e monitoração profissional da Genelec.
“Desde o início, minha intenção era que o SynthTemple ganhasse vida com um sistema da Genelec”, explica Osmond. “Não queríamos apenas um estúdio comercial, mas sim um espaço onde o som e a criatividade pudessem florescer.”
Inspirado por uma visita a um estúdio de masterização Dolby Atmos, Osmond, com o apoio do técnico Steve Jones, decidiu que a imersão sonora seria um elemento central do projeto. Para isso, contou com o suporte da distribuidora australiana Studio Connections, que ajudou a projetar e instalar dois espaços de áudio interligados por rede: o Hall de Sintetizadores, com 200 m², e uma sala de controle dedicada ao formato Atmos, ambos equipados com monitores Genelec e calibrados com o software Genelec Loudspeaker Manager (GLM).
No Hall, nove estações de trabalho independentes, chamadas de “pods”, integram um sistema de áudio 9.1.6. A configuração principal conta com nove monitores S360A de alta pressão sonora para os canais ao redor, seis 8350A para os canais superiores e subwoofers 7382A e 7380A para resposta estendida de graves. Três interfaces multicanais Genelec 9301B permitem alternar entre reprodução imersiva e até três zonas estéreo independentes, enquanto cada pod também dispõe de monitores 8330A para escuta crítica. Um controlador Genelec 9320A permite o gerenciamento do sistema de forma intuitiva.
Na sala de controle dedicada a mixagens Atmos em 7.1.4, a monitoração é feita com os modelos coaxiais de três vias da linha The Ones. O sistema conta com três 8361A nos canais frontais, dois módulos de graves adaptativos W371A, quatro 8351B para os surrounds, quatro 8341A no teto e dois subwoofers 7370A. Os dois ambientes são conectados por uma rede de áudio Metric Halo com 128 canais, garantindo integração fluida, colaboração simultânea e mixagens imersivas com total precisão.
“O conjunto formado pelos modelos S360, 8350 e 8330 oferece uma clareza impressionante e uma resposta de frequência incrivelmente rica”, destaca Osmond. “Combinados aos subwoofers maiores, o som não apenas preenche o ambiente, mas se mantém preciso e controlado.”
A infraestrutura do SynthTemple foi projetada com foco na longevidade. Todo o cabeamento foi instalado sob o piso em estruturas metálicas, com roteamento inteligente e conexão em rede para acesso remoto aos instrumentos e ao sistema de controle via cabos CAT5. A interface da Metric Halo fornece 128 canais analógicos de entrada e saída, com clock mestre distribuído via protocolo MH Link.
“Essa instalação foi mais complexa do que parece”, comenta Steve Spurrier, especialista de produto da Genelec na Studio Connections. “Precisávamos atender às exigências atuais e também prever as demandas futuras, e a plataforma de monitoramento ativo da Genelec nos deu a flexibilidade necessária para otimizar cada aspecto do projeto.”
Mais do que preservar instrumentos históricos, o SynthTemple busca mantê-los em uso, celebrando a interação entre tradição e tecnologia. “É raro participar de um projeto com tanto coração”, conclui Spurrier. “Com a visão do Tony e a tecnologia da Genelec, criamos algo realmente único.”
Site relacionado: https://www.genelec.com
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