A Blackmagic Design anunciou que a “Rock Believer World Tour”, em que a banda alemã de hard rock Scorpions promove seu mais recente álbum, “Rock Believer”, está utilizando um fluxo de trabalho de produção multicâmera com câmeras Blackmagic URSA Broadcast G2 e o switcher de produção ao vivo ATEM Constellation 8K.
A parte inicial da turnê, em que a banda fez residência em Las Vegas na chamada “Sin City Nights” e que foi realizada no Zappos Theater do Planet Hollywood de 26 de março a 16 de abril, contou com Manfred Nikitser desenvolvendo o conceito criativo, incluindo design de vídeos e iluminação. “Um fator crucial no design da produção foi que o espetáculo tinha que funcionar no Zappos Theater e nos shows em estádios”, começa Nikitser. “Do mesmo modo, o palco do Zappos, que é mais amplo do que os palcos tradicionais e com um formato mais oval, também foi um desafio ao desenvolver os conceitos dos vídeos.”
Os elementos dos vídeos ao vivo foram desenvolvidos com base em uma configuração multicâmera composta de cinco câmeras URSA Broadcast G2. Duas foram posicionadas na frente dos palcos com lentes longas (99x) e três foram colocadas no pit para planos dinâmicos de ângulo baixo.
“Pesquisamos muito sobre o sensor antes e nos impressionamos com o desempenho da câmera em condições de pouca luz”, afirma Nikitser. “Do mesmo modo, utilizamos a câmera e os Studio Fiber Converters, com tudo sendo controlado com um ATEM Camera Control Panel. O cabeamento do fluxo de trabalho foi muito mais simples do que de outros sistemas SMPTE.”
Todos os sinais da câmera ao vivo eram alimentados através de um roteador Smart Videohub 40×40 12G a um ATEM Constellation 8K. “A matriz me permite enviá-la a uma unidade de multivisualização externa e colocar as saídas diretas no servidor de mídia”, salienta Nikitser.
O feed do programa e um feed da câmera na frente do palco, que é capturado como um plano geral do palco, são gravados com vários decks broadcast HyperDeck Studio HD Plus.
A configuração de telas LED da turnê consiste em uma tela traseira e duas telas IMAG no modo retrato do lado esquerdo e direito do palco, sendo todas as saídas alimentadas a partir de vários servidores de mídia. “Isso quer dizer que enviamos múltiplas saídas do ATEM Constellation via SDI ao nosso servidor de mídia, onde são manipuladas antes de ir para as telas.”
Todo o espetáculo é programado no CuePilot, que alimenta os comandos para o switcher de produção. “Cada operador tem um tablet e uma câmera para que possam ver qual é o próximo corte e por quanto tempo. Então, onde quer que o público olhe, eles veem algo diferente”, explica Nikitser.
“Na verdade, estamos produzindo várias mixagens de minivídeos para cada tela”, continua. “Eu uso um efeito no servidor de mídia para organizar onde o feed de cada câmera aparece. No entanto, a mágica mesmo acontece ao utilizar as quatro camadas de mixagem dos switchers, que são operadas todas ao mesmo tempo. E, ainda por cima, posso alterar qualquer corte através do meu console de iluminação.
“Gerenciamos um espetáculo muito complexo com pouca tecnologia, que é tanto flexível quanto confiável. Atualmente, não há nenhuma outra turnê como uma produção como esta”, conclui Nikitser. “Apesar da complexidade, implementamos um sistema estável e simples, garantindo a entrega de uma performance realmente impressionante.”
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