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TV 3.0 no Brasil: projeções e tendências de mercado em destaque na SET Expo 2022

Madeleine Noland, presidente do ATSC (Advanced Television Systems Committee Inc.), abriu o painel sobre o impacto da TV 3.0 no mercado da TV na SET Expo 2022

Por Ricardo Batalha

A transmissão de TV por sinal digital de modo algum encerra as possibilidades de mudança nas telecomunicações. Pelo contrário, o avanço tecnológico implica, cada vez mais, em novas mudanças. Madeleine Noland, Presidente do ATSC (Advanced Television Systems Committee Inc.) abriu o painel sobre o impacto da TV 3.0 no mercado da TV comentando as principais tendências desse novo sistema já em curso nos Estados Unidos.

Na contramão do processo de modernização da TV há ainda uma série de fatores que barram uma guinada. Para ela, um sistema que oferece imagens em qualidade 4K, recursos de interatividade, entre outros serviços, tal qual a TV 3.0, só vingará de uma forma: “a TV 3.0 só poderá existir em sua máxima potência se a TV 1.0 deixar de existir”.

Fiore Mangone, Diretor Sênior de Vendas e Desenvolvimento de Negócios da Qualcomm Latin America encaminha a discussão contando como o 5G Broadcast oferece oportunidades para emissoras e operadoras de rede criarem novas experiências para os usuários. Além de permitir alta eficiência espectral e custos reduzidos.

O último palestrante, Carlos Fini, presidente da SET, propôs uma análise mais reflexiva acerca do tema do painel. “Tudo que acontece no mercado do audiovisual sustenta-se sobre três pilares: a hiperconectividade, a ascensão exponencial da tecnologia e a mudança de comportamento dos usuários”, explicou. E tendo em vista tudo o que seus colegas de palco falaram e a avaliação do movimento mundial de inovação tecnológica, concluiu: “não há a opção para o Brasil senão seguir com a televisão 3.0”.

TV 3.0: uma nova forma de interagir e emocionar o usuário

A TV 3.0 surge no contexto de mudança do comportamento do usuário. As pessoas, cada vez mais, não querem mais ocupar uma posição passiva diante do que acessam ou consomem, mas sim ter uma participação ativa. Débora Christina Muchaluat-Saade, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Membro do Grupo Técnico de Codificação de Aplicações da TV 3.0 – Fórum SBTVD, contou detalhes sobre esse novo serviço, que deve começar a ser implementado no Brasil a partir de 2025.

De acordo com Saade, um dos projetos da TV 3.0 é integrar os itens da casa por meio da internet das coisas. Assim, a televisão estaria conectada aos aquecedores, ar-condicionados ou até mesmo aos difusores de aroma. “Integrar efeitos sensoriais na televisão é mais uma forma de envolver o usuário, de fazê-lo sentir a programação”, explicou a professora.

Carlos Cosme, MediaTech Lab da Globo, endossou o discurso. “Se você olhar hoje para TV 3.0 não vai ser áudio, vídeo e legenda, a gente precisa tentar imaginar o futuro para além dos dispositivos 2D”. Cosme vislumbra uma realidade não centrada somente em telas, mas que crie uma atmosfera envolvente para o usuário e explore o máximo de seus sentidos.

Cristiano Akamine, Pesquisador do Laboratório de TV Digital da Universidade Presbiteriana Mackenzie, encerrou o painel comentando a camada física e a de transporte da TV 3.0. Para isso, lançou mão de conceitos como Frequência de Reuso-1, MIMO 2×2, Agregação de Canais, Recepção com C/N negativo em canal Rayleigh, Publicidade Direcionada e Camada de Enriquecimento pela internet/CB.

SET EXPO 2020
Congresso: de 22 a 25 de agosto de 2022
Feira: de 23 a 25 de agosto de 2022
Local: Pavilhão Azul – Expo Center Norte, São Paulo – Rua José Bernardo Pinto, 333 – Vila Guilherme, São Paulo
Site: https://set.org.br/

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