Sob a liderança da FIFA, uma nova versão do VAR (Video Assistant Referee) está sendo desenvolvida com os recursos básicos e custos mais baixos em relação à versão tradicional. É o VAR Light, uma tecnologia já comprovada no Brasil. A FIFA vê na nova ferramenta um instrumento para a democratização da arbitragem de vídeo, pois poderá atingir eventos com menor capacidade financeira e que atualmente são limitados pelo custo. No entanto, o VAR tradicional continuará nas ligas de primeira linha.
“Em parceria com a Playsight, desenvolvemos um novo sistema de videoarbitragem chamado VAR Light. Este sistema é ‘Light’ por dois aspectos principais: preço e hardware. É neste ponto que a LiveU torna o produto realmente ‘Light’. Com apenas uma unidade LU800, transmitimos os sinais de vídeo das câmeras para um servidor virtual que nos permite operar o sistema”, explica Dani Neves, gerente de novas tecnologias da 2Live.
O LU800 reduz uma grande quantidade de equipamentos a um único dispositivo de streaming. “Isso nos permitiu operar em grandes e pequenos estádios que não possuem infraestrutura ou conexão com a internet. Outro ponto muito importante é a possibilidade de sincronizar os 4 sinais de vídeo do LU800, característica essencial para o funcionamento de um sistema VAR. Há também a questão do atraso na transmissão onde hoje podemos operar bem abaixo do limite máximo imposto”, afirmou Neves.
Wilson Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, afirma que assim que a FIFA definir os modelos finais do VAR Light, a confederação adotará a nova tecnologia. “Em princípio, o VAR Light é para uso nas categorias menores, sub-20, sub-17, no futebol feminino fora da divisão principal. E também nas fases iniciais da Série D e Série C, porque reduz o custo”.
A FIFA não especificou o formato final do novo modelo. Uma reunião do grupo da federação internacional, em outubro do ano passado, previa a implementação definitiva da versão light para o arranque da época 2023/2024 na Europa (após meados deste ano). A FIFA não respondeu sobre quando o modelo final será aprovado. O documento da FIFA afirma que o VAR Light pode atingir uma redução de custo de até 50%. Segundo Daniel Bernardino de Campos Ferreira Neves, gerente de Novas Tecnologias da 2Live, uma das empresas que comercializa o novo modelo no Brasil, “a operação pode custar entre um terço e um quinto do preço do sistema tradicional. “É difícil falar de valor…”.
De acordo com Paulo Silvio dos Santos, presidente da Comissão de Arbitragem da Federação Cearense de Futebol, o protocolo de testes autorizados estabelece que o VAR Light pode ser utilizado com no mínimo quatro câmeras e no máximo oito. O modelo tradicional costuma ter até 18 câmeras. Em ambos os casos, são utilizadas câmeras dos equipamentos de TV.
Cada kit 2Live VAR Light funciona com quatro câmeras, dois monitores e um iPad, no qual a reprodução é operada. O tablet substitui um dos dois monitores que costumam ser usados na versão tradicional. Outra diferença é que o modelo 2Live light não possui sistema de comunicação de áudio entre os árbitros. É necessário equipamento separado.
“O preço reduzido em relação à versão ‘full’ é a principal vantagem do VAR Light, que certamente abre um leque de utilização em competições menores. O modelo menos sofisticado também tem a vantagem de poder ser utilizado em estádios lotados, já que exige uma sala menor. O transporte do equipamento é mais fácil. Operamos o sistema VAR Light em diversas partidas da primeira divisão dos campeonatos regionais brasileiros e da Liga Nacional de Futsal, tudo utilizando a capacidade de transmissão e sincronização do LU800”, concluiu Fabio Eitelberg, diretor da 2Live.
Sites relacionados:
https://www.2live.com.br
https://www.liveu.tv
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