Home Reportagens Biscuit Bunker recorre ao ecossistema Blackmagic Design em The Hearts of Bwindi

Biscuit Bunker recorre ao ecossistema Blackmagic Design em The Hearts of Bwindi

Documentário “The Hearts of Bwindi” foi lançado no Dia Mundial do Guarda Florestal

Por Ricardo Batalha

“O Parque Nacional Impenetrável de Bwindi é Patrimônio Mundial da UNESCO. É um lugar único e um dos mais biodiversos do mundo”, afirma o cineasta Charli Doherty. “Queríamos transportar o público para este incrível lugar ecológico e mostrar a grande importância do trabalho de conservação realizado pelos guardas florestais juntamente com as comunidades locais.”

Um documentário inspirador lançado no Dia Mundial do Guarda Florestal, apresentado por That Gorilla Brand em parceria com a Ugandan Wildlife Authority e a The Gorilla Organization, “The Hearts of Bwindi” certamente transporta o espectador para esta área de conservação de tirar o fôlego que fica em Uganda.

Filmado juntamente com seu próximo longa-metragem “Maji”, a pequena equipe de produção da Biscuit Bunker, composta pelo diretor de fotografia Will Hadley, o editor Olly Cooper, o produtor Tom Neish e Doherty, que além da direção assumiu as funções de operação de câmera, gravação de som e tratamento de cores, colaborou em um fluxo de trabalho com filmagens nas câmeras Blackmagic Design e edição e finalização no DaVinci Resolve Studio usando a Blackmagic Cloud.

“Usávamos duas câmeras para as gravações: a URSA Mini Pro 12K e a Pocket Cinema Camera 6K Pro”, diz Doherty. “O mais importante de um fluxo de trabalho completo da Blackmagic não é apenas o que podemos alcançar com o hardware, mas também com o software. Olly e eu temos trabalhado em estreita colaboração na edição, embora eu more em Berlim e ele no sul da Inglaterra. É um ecossistema completo que funciona perfeitamente; seja o hardware, a gravação e a pós-produção.”

Natureza e criação
“The Hearts of Bwindi” é cheio de sequências ricamente detalhadas dos guardas florestais e aldeões do Parque Nacional, contrastadas com planos macro ricos em cores dos insetos e da vida selvagem, tudo com a própria floresta de plano de fundo. No entanto, há alguns toques puramente cinematográficos. Um plano geral do dossel, acompanhado pelo som de um pássaro, corta para mostrar que é o assobio de um guarda florestal, reforçando a sensação de intimidade com a natureza que permeia o filme. Quando os guardas florestais são alertados sobre a presença de caçadores ilegais, o filme passa de um plano de tensão crescente de vários guardas florestais agachados para uma sequência estilizada de 5 fps enquanto eles correm até a floresta.

“Em um documentário, correr em uma floresta pode apresentar muitos desafios”, diz Hadley. “Há muita umidade e sujeira, e todos os tipos de fatores que podem dificultar tudo para nós e para as câmeras. Com um pouco de manutenção no final de cada dia, não tivemos problemas com o kit.”

Hadley gravou com lentes zoom da DZO. “Elas são uma opção versátil para documentários, mas gosto da textura que elas obtêm”, explica. “Também tivemos algumas primes grande angulares para muitos retratos amplos, bem como o rolo B capturando a floresta e o ambiente. Há planos macro de formigas e besouros e o chão da floresta em detalhes, que são importantes para contrastar essas grandes paisagens épicas.”

Os 14 stops de faixa dinâmica da URSA Mini Pro 12K e a latitude de 13 stops da Pocket Cinema Camera 6K Pro foram de grande valia para a equipe. “A faixa dinâmica é importantíssima, já que estávamos sempre filmando nas sombras”, diz Doherty. “Fizemos muitas filmagens apontando para o dossel, muitas vezes fazendo com que o ambiente dominasse o espaço acima dos guardas florestais. Obtivemos todos os detalhes da pele e das sombras sem recortar o céu.”

“Filmamos com o sensor completo 6K na Pocket Cinema Camera, mas o bom da URSA 12K é que ela filma em diferentes resoluções”, acrescenta Doherty. “Filmamos algumas cenas em 8K, mas a maior parte foi em 4K. É uma grande inovação ter a opção de alterar a resolução sem cortar o sensor. Do ponto de vista visual, é muito cinematográfico, e essa é a estética que tentei alcançar.”

Doherty aprimorou ainda mais o visual cinematográfico na finalização usando o DaVinci Resolve Studio. “Aplicamos uma LUT Kodak 2383 no final, mas grande parte do trabalho na pós-produção foi combinar imagens filmadas ao longo de alguns dias em ambientes e condições de iluminação muito diferentes, de câmeras diferentes”, explica.

Como um drone foi usado para os planos aéreos, Doherty teve que combinar esses planos com as outras filmagens. “A ferramenta Distorcedor de Cores no Resolve é uma mão na roda para isso”, afirma. “Por exemplo, os tons de verde do drone são muito diferentes dos da URSA, mas conseguimos escolher apenas uma cor e mudá-la com a ferramenta para igualá-las.”

Esforço conjunto
Embora 95 por cento tenha sido filmado pelo diretor de fotografia, Doherty e Neish puderam ajudar nas filmagens. “Fazíamos várias tomadas de sequências semelhantes, e houve momentos em que tínhamos que alternar os ângulos, por isso era bom ter outra câmera para saber que teríamos um ângulo diferente, ou se queríamos obter um plano acompanhando com o gimbal para saber que temos uma lente superampla na Pocket Cinema Camera. É ótimo para coberturas”, diz Doherty. “Tínhamos um tempo muito limitado para fazer isso e, como estávamos nos locomovendo rapidamente pelo espaço, ter uma opção na segunda câmera e um visual diferente nos dava mais alternativas.”

Os filtros ND integrados da URSA Mini Pro 12K ajudaram a controlar a mudança na exposição e na profundidade de campo necessária para certos planos. “Graças aos NDs internos, pudemos ajustar o sujeito”, diz Hadley. “O ambiente da floresta é repleto de cores, então o usamos como paleta, enquanto os close-ups íntimos mostraram belos tons de pele.”

“Tínhamos um sistema Tilta Follow Focus e, quando tudo era mais dinâmico, eu ajustava o foco a partir do monitor do diretor”, acrescenta Doherty. “Acho que uma das minhas cenas favoritas do filme é quando o Will tira o foco da floresta para o retrato de um guarda florestal; da natureza para o humano. Gosto muito da mudança visual ao longo da narrativa, mudando o foco do público da floresta para os guardas florestais.”

Doherty espera que o filme tenha um impacto semelhante para o público: “Espero que as pessoas admirem o trabalho dos guardas florestais. Além de capturar caçadores ilegais, eles estão criando parcerias com comunidades e organizações que oferecem alternativas sustentáveis ao crime contra a vida selvagem. É um trabalho incrivelmente importante e que protege a biodiversidade, algo vital para toda a vida na Terra.”

Site relacionado: https://www.blackmagicdesign.com

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