Home Reportagens Cineasta Patrick Kalyn utiliza Fusion e Fairlight do DaVinci Resolve Studio em curta de ficção científica

Cineasta Patrick Kalyn utiliza Fusion e Fairlight do DaVinci Resolve Studio em curta de ficção científica

O curta-metragem foi produzido pelo cineasta Patrick Kalyn, artista VFX indicado ao Emmy Award e ganhador do Visual Effects Society Award

Por Ricardo Batalha

A Blackmagic Design revelou que a pós-produção do curta-metragem de terror e ficção científica “SpaceX Final Transmission” foi feita inteiramente no software de edição, gradação, efeitos visuais (VFX) e pós-produção de áudio DaVinci Resolve Studio. O curta-metragem foi produzido pelo cineasta Patrick Kalyn, artista VFX indicado ao Emmy Award e ganhador do Visual Effects Society Award, cujos créditos incluem “Deadpool 2”, “Blade Runner 2049”, “Avatar” e muito mais.

Kalyn criou o curta-metragem de dois minutos para se aprofundar na arte de atuar, “o que, por sua vez, faz de mim um diretor melhor quando estou atrás das lentes”, salientou. “SpaceX Final Transmission” foi inspirado na ideia de colonizar outros planetas, transformando a raça humana em uma espécie multiplanetária.

O Capitão Taylor (Kalyn) transmite uma mensagem final de um acampamento condenado em Marte, alertando uma espaçonave que está chegando que o perigo está próximo e insinuando uma tripulação enlouquecida.

“Foi o projeto perfeito para testar o Resolve a fundo. Eu gravei na minha sala com algumas luzes e uma tela verde, já que o filme é contado por meio de uma mensagem de vídeo enviada pelo Capitão Taylor. O curta é parte de uma história que estou escrevendo no momento”, explicou Kalyn.

Com a composição feita na página Fusion do DaVinci Resolve Studio, Kalyn fez uso de várias ferramentas para os ambientes VFX, incluindo o Chaveador Delta para extrair a tela verde, limpar o nó de fundo, Channel Booleans e muito mais.

“Eu não gravei um fundo limpo, então usei o nó de fundo limpo e utilizei o valor de redução para preencher as lacunas”, afirmou. “O ambiente de CG foi renderizado em camadas, então tive que montar o passe de beleza no Fusion com Channel Booleans. A paisagem que você vê do lado de fora da janela de observação é uma imagem real da superfície de Marte do novo rover Perseverance. Depois de construir o ambiente, compilei elementos de código aleatórios nas telas do computador, além de poeira e detritos leves flutuando, para que o segundo plano não ficasse totalmente morto.”

“O Desfoque de Profundidade foi usado para diminuir o foco quando o ambiente estivesse longe da câmera, usando o canal de profundidade Z embutido. Por último, adicionei um brilho suave sobre o ombro do personagem para ajudar a casar o plano de fundo com o fundo, além de um pouco de distorção de lente no segundo plano para que ficasse com menos cara de CG. O heads-up display foi o último elemento da composição, construído com retângulos e nós de texto.”

Kalyn contou que adicionou sujeira às paredes de CG mesclando várias imagens no modo Multiplicar, usando o Posicionador de Canto para combinar com a perspectiva de onde elas foram colocadas. “Coloquei a marca de uma mão cheia de sangue na parede onde Taylor olha para que o público visse para onde ele estava olhando e percebesse que algumas coisas ruins aconteceram, o que corrobora o que ele está dizendo”, disse.

Os efeitos continuaram na pós-produção de áudio, na qual Kalyn utilizou a página Fairlight do DaVinci Resolve Studio.

“Depois de trabalhar no diálogo, fiz a sobreposição das camadas de efeitos sonoros (SFX) e músicas da minha biblioteca de sons. Eu tinha faixas separadas para SFX que aconteciam dentro e fora da plataforma de observação. Um filtro passa-baixas pesado no EQ das faixas externas deu a sensação de que estava passando por paredes espessas”, explicou.

“Eu mixo enquanto edito sons configurando o volume de cada som por clipe. Usei os deslizadores de volume para fazer mais ajustes de macro em toda a trilha. Eu amo o botão DIM perto do deslizador de volume. Ele é muito útil na hora de fazer a audição de sons, para não abalar seus ouvidos com efeitos sonoros altos”, continuou Kalyn.

“A maior vantagem de fazer esse curta VFX inteiramente no Resolve é ter tudo o que um cineasta precisa para produzir conteúdos excepcionais e de alta qualidade, tudo em um único software”, concluiu.

Acompanhe a Panorama Audiovisual no Facebook e YouTube

Assuntos relacionados