A Blackmagic Design revelou que o longa-metragem australiano “Don’t Go Below” foi filmado inteiramente com as câmeras digitais cinematográficas Blackmagic Pocket Cinema Camera 4K e 6K. Rodado em Sydney, o filme de aventura para toda a família recentemente estreou no Mercado do Filme de Cannes e é o terceiro longa do cineasta local Matt Drummond, que usou o software de efeitos visuais (VFX) e gráficos em movimento Fusion Studio e o software de edição, gradação de cores, VFX e pós-produção de áudio DaVinci Resolve Studio para completar o filme.
“Don’t Go Below” conta a história de Peter, de 12 anos, e sua irmã Verity, que são transportados para o reino subterrâneo dos pangolins, onde uma profecia estabelece que Peter é o rei e deve partir em uma missão para salvar o império de um misterioso inimigo chamado Shroud.
Ao criar o filme, Drummond replicou um sistema de rastreamento de raios em tempo real ao usar projetores de ultracurta distância e telas de rejeição de luz ambiente. Com o sistema, o primeiro do seu tipo em todo o mundo, ele conseguiu melhorar bastante o realismo dos efeitos visuais ao copiar a maneira como a luz reflete e refrata no mundo real. Para controlar o espalhamento da luz para o sistema, ele usou Pocket Cinema Cameras para filmar com um ISO mais alto, o que possibilitou reduzir a potência da luz e ainda assim obter imagens incríveis. O sistema de projeção em tempo real ofereceu aos atores (de 9 e 12 anos), mais direção para interagir com os outros personagens dentro do universo fantástico do filme.
Apesar de uma equipe pequena de apenas sete pessoas e um orçamento reduzido, as Pocket Cinema Cameras permitiram que Drummond utilizasse um sistema de projeção em tempo real para as filmagens. Com o software e hardware da Blackmagic Design, ele conseguiu fazer uma dança elaborada entre a luz do primeiro plano, CGI em tempo real, ISO elevado e o uso inovador do DaVinci Resolve Studio para obter as imagens.
Drummond, que trabalha com VFX há mais de 25 anos, também conseguiu cortar mais de 300 dias de pós-produção para o filme. “Ao usar o DaVinci Resolve como o centro de tudo, contamos com um fluxo de trabalho e experiência geral fantásticos. A última atualização do DaVinci Resolve também foi uma bênção”, disse.
“O DaVinci foi usado como o sistema de montagem principal e permitiu ao editor Joseph Morris cortar cada cena em sua própria linha de tempo para que pudéssemos reduzir a carga de trabalho em partes fáceis de gerir. Isso nos deu bastante flexibilidade. Cada uma das cenas era então montada em uma linha de tempo mestre para o filme inteiro. O filme tem mais de 1600 planos VFX envolvendo personagens e ambientes completamente em CGI, portanto, a organização de cena em cena foi crucial”, disse Drummond.
Ao usar o Fusion Studio, Drummond conseguiu criar um macro de composição mestre que lidou com todos os tipos de procedimentos de composição. Entre eles, o chaveamento automático, iluminação baseada em imagens falsas, reiluminação de fundos e integrações padronizadas, incluindo remoção de bordas, efeitos de contraluz, enevoamentos, etc. “A integração dos efeitos visuais renderizados no Unreal Engine era muito simples, e a capacidade de compor planos sem dificuldades em qualidade completa de 32 bits de ponto flutuante a 6K era muito acima do que o meu fluxo de trabalho anterior conseguia aguentar”, acrescentou.
O desenho de som pôde ser feito com base em cada cena, em vez de recorrer ao velho paradigma dos rolos. “Isso significou que podíamos editar diálogos e posicionar trilhas diretamente no editor sem medo de pesadelos com a reconformação mais tarde”, disse Drummond. “O tratamento das cores sempre foi o forte do DaVinci, então nem é preciso dizer que esse processo foi muito fácil, mas a integração do ACES 1.3 com Dolby Vision tornou o processo de criar entregáveis em HDR e SDR muito simples.”
“Ter a capacidade de usar esse sistema de projeção em tempo real trouxe grande benefícios ao filme, ajudando a informar minhas decisões no set e auxiliando meu jovem elenco a imaginar onde estava. A interação da câmera e da projeção deixou o CGI muito orgânico, e ficou ótimo”, disse.
“A Pocket Cinema Camera 6K é absolutamente incrível. A latitude é impressionante. Com o tamanho e o peso das câmeras, eu e minha equipe também podíamos ser extremamente ágeis, o que era importante, já que eu tinha um prazo de tempo reduzido e uma equipe pequena”, continuou.
“Como somos uma empresa de cinema independente, é importante podermos usar o nosso investimento na tela e não gastar montanhas de dinheiro em aspectos que não tenham um impacto importante no produto final. Quando meu objetivo é alcançar as estrelas, não quero que nada me atrapalhe. A Blackmagic Design Pocket 6K e o DaVinci Resolve Studio me ofereceram a solução de ponta a ponta que eu precisava. Eles acabaram com as idas e vindas, deixando só a jornada”, concluiu.
“Don’t Go Below” estreará no mundo todo em janeiro de 2023.
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