Por meio de tecnologia IP, 92 sinais que serão gerados – dentre eles, 25 pontos de reportagem – são interconectados através de uma rede de fibra ótica interna ao Parque Olímpico, garantindo a cobertura tanto na TV aberta quanto no Multishow
A Globo e o Globoplay montaram no Rock in Rio 2019 um hub de experiências que mostram como novas tecnologias contribuem para a conexão com o conteúdo. As ativações atraíram a atenção no primeiro fim de semana de festival – tanto nos andares abertos ao público quanto no rooftop, por onde passaram convidados, executivos, representantes do mercado e elenco.
O estande, desenvolvido pela Globo em parceria com a agência SRCom, tem, no primeiro andar, uma grande piscina de bolinhas, onde o público se aventura em uma garra humana, controlada por joystick, para pescar brindes temáticos. Nos outros andares, a imersão e o futuro do consumo de conteúdo dão o tom das atividades – realidade virtual, áudio imersivo, conteúdo em 8K HDR, 5G Broadcast.
Na infraestrutura técnica para cobertura do Rock in Rio, conectividade é a palavra de ordem. Por meio de tecnologia IP, 92 sinais que seão gerados – dentre eles, 25 pontos de reportagem – são interconectados através de uma rede de fibra ótica interna ao Parque Olímpico, garantindo uma cobertura dinâmica e flexível, tanto na TV aberta quanto no Multishow. Além deste investimento desenvolvido pelo Grupo Globo ao longo dos últimos anos, a conectividade existente até a sede da Globosat permite a produção remota do palco New Dance Order com nove sinais de câmera, garantindo mais eficiência e produtividade na cobertura que o assinante acompanhará pelo canal BIS.
Paulo Henrique Castro, diretor do Media Tech Lab da Globo, explica as ativações do estande, além de alguns testes e experiências que estão sendo feitos pela empresa durante o Rock in Rio.
– É possível aproveitar, no estande, uma experiência em VR do shows do Palco Mundo, com vídeo 360 e áudio 3D. Como a experiência foi desenvolvida?
Paulo Henrique Castro: Esta é uma experiência que reforça a visão da Globo em inovar em formatos de mídia, atendendo aos novos hábitos de consumo do público, que são cada vez mais fragmentados e individualizados. Fazemos uma gravação com câmera 360 graus e transmitimos usando tecnologia de áudio 3D da Qualcomm, integrada ao conteúdo visual, além de aplicações de realidade virtual.
– Os shows estão sendo exibidos em ultra-alta definição no estande?
Paulo Henrique Castro: Fizemos uma captação extensiva do primeiro fim de semana do festival, em 8K HDR, e as imagens serão exibidas nos próximos dias de Rock in Rio. O 8K oferece uma resolução 16 vezes maior que o HD e o HDR proporciona maior variação de cores e de tons de preto e branco. Ou seja, são imagens o mais próximo possível do que o olho humano consegue enxergar, de altíssima qualidade.
– Como é mixado o áudio que o público convidado tem acesso no rooftop do estande?
Paulo Henrique Castro: É feita uma mixagem em tempo real dos shows ao vivo, em parceria com a Dolby e a Yamaha. O som é totalmente imersivo, com posicionamento dinâmico dos objetos no ambiente.
– Vocês também estão fazendo o primeiro teste de 5G Broadcast do Brasil. Qual a importância da experiência?
Paulo Henrique Castro: Esta é uma iniciativa diretamente relacionada à evolução do padrão de TV no Brasil e às soluções de transmissão em 5G. Contamos com parceiros como Rohde&Schwarz, Technicolor, Fraunhofer e Dolby. Os novos formatos de mídia, com ampliação do contraste dinâmico e áudio imersivo, estão sendo transmitidos de forma experimental através de dois sistemas na frequência da radiodifusão, a partir de um site retransmissor, em Jacarepaguá. Isso nos permite investigar continuamente diferentes tecnologias em seu estado da arte para inovar na distribuição de conteúdo. E esse aprendizado nos apoia a construir a futura geração de TV, com mais eficiência e flexibilidade para atender aos novos hábitos de consumo.