V__matrix e mc², da Lawo, usadas na transmissão ao vivo do Rock in Rio pela Globosat
O festival Rock in Rio, transmitido ao vivo pela Globosat, usou a infraestrutura IP baseada em tecnologia da Lawo, pioneira alemão de transmissão IP. Para produzir a edição de 2019, que contou com shows de Iron Maiden, Scorpions, Nile Rodgers, Foo Fighters, Whitesnake, Red Hot Chili Peppers, Nickelback, Bon Jovi, Slayer, Anthrax, Muse, Black Eyed Peas, Goo Goo Dolls, Dave Matthews Band, Tenacious D e Panic! at the Disco, Helloween, entre outros, a GloboSat forneceu uma configuração de produção remota conectando o complexo de TV da “Cidade do Rock”, no Parque Olímpico da Barra, ao centro de produção da GloboSat – aproximadamente a 15 km de distância – através de dois caminhos de fibra óptica 2x 80Gbit/s (vermelho e azul).
O composto da TV foi projetado como o ponto central para coletar todos os sinais provenientes dos vários palcos. Os menores, incluindo o Palco Sunset, foram equipados com unidades Lawo V__remote4 para conversão de vídeo e áudio em IP e processamento de sinais, retransmitindo os feeds para o composto de TV localizado próximo ao Palco Mundo.
Dada a distância relativamente pequena, todas as 16 câmeras e os feeds de áudio do palco principal foram transmitidos para a infraestrutura do composto de TV via SDI. A infraestrutura IP redundante do composto de TV foi construída em switches Arista 7280 e Lawo V__matrix para converter sinais SDI de banda base em IP, processamento e compactação de sinais de vídeo e fornecer os multiviewers. Uma das lâminas V__matrix C100 foi usada para gerar um mosaico multiviewer com 24 PiPs cujo layout foi preparado com o software theWall da Lawo. Os outros blades C100 definidos por software foram dedicados às tarefas de processamento e conversão. No total, 28 feeds HD 1080i e feeds 4K compactados em VC2 foram usados para a produção de vídeo. No QG da GloboSat, a infraestrutura V__matrix da instalação recebeu os feeds de HD e 4K, além dos áudios multicanais do composto de TV para produção remota.
“Usamos o Lawo para encapsular os sinais e transportá-los para o Globosat HQ, que nos permitiu trabalhar em casa, em nossa infraestrutura familiar e registrar tudo”, comentou Alexandre Torres, gerente de desenvolvimento da Globosat. “A PI se tornou uma necessidade para nós. Operamos dezenas de canais originários de diferentes locais de contribuição. Além disso, o IP nos permite participar da produção remota, automatizar facilmente determinadas rotinas e compartilhar nossos sinais com terceiros. Os tempos de instalação diminuem e um número significativamente maior de canais pode ser transportado por um único cabo com uma qualidade muito maior do que no passado”, completou.
Para monitorar e garantir a integridade do sinal de todos os feeds ST2110 da produção, a Globosat utilizou a solução smartSCOPE de inspeção de mídia por pacotes profundos e análise de rede smartSCOPE da Lawo. Ao ser instalado em um servidor na instalação principal, também permitiu fácil acesso e monitoramento no local do complexo de TV remota via interface da web do smartSCOPE.
O imersivo mix de áudio Dolby Atmos foi produzido na sede da Globosat usando um console de produção Lawo mc²96. O console e o roteador de áudio Nova73 HD também lidaram com todo o roteamento de áudio para as produções completas em 4K e HD. Os engenheiros de som trabalharam com 256 canais de áudio (128 por palco), que foram gravados e distribuídos para vários locais. O roteador dentro de um console Lawo mc²96 permite gerenciar até 256 fluxos de IP, tornando-o ideal para roteamento em configurações complexas de áudio em vários locais.
“Gravamos até 256 canais de áudio. Recebemos fluxos, geramos fluxos, os roteamos para vários locais e convertemos fluxos RAVENNA para MADI e DANTE ou vice-versa. Isso só é possível com um roteador como o do mc²96”, explicou Gabriel Thomazini, coordenador operacional de áudio da Globosat. “Um dos aspectos que mais gosto nos consoles Lawo é o som claro e autêntico, que reflete fielmente o timbre de um instrumento. Eu suspeito que isso possa ser atribuído à precisão alemã do fabricante.”
A produção remota do Rock in Rio não foi a primeira do gênero para a Globo – a primeira ao vivo em 4k e Dolby Atmos ocorreu em 2015 –, já que a emissora vem utilizando a transmissão remota em várias ocasiões, incluindo a transmissão em 4K do Carnaval no Rio e a cobertura do campeonato brasileiro de futebol.