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Nova edição de Chalk Warfare criada com fluxo de trabalho Blackmagic Design

Por Ricardo Batalha

Fenômeno global Chalk Warfare 4.0 estreou no YouTube no último dia 16 de julho, usando a URSA Mini Pro 4.6K G2 e a Pocket Cinema Camera 4K

A Blackmagic Design anunciou que o Chalk Warfare 4.0, mais nova edição da popular série do YouTube, foi realizada com um fluxo de trabalho Blackmagic Design completo, desde a produção até a pós. Isso inclui o uso da URSA Mini Pro 4.6K G2 e da Pocket Cinema Camera 4K filmando em Blackmagic RAW para a produção; e do DaVinci Resolve Studio para toda a pós-produção.

O conceito de Chalk Warfare é simples: Utilizando giz, as equipes desenham armas inspiradas em games e cultura pop, que se tornam reais quando puxadas para fora da parede, e a guerra começa. A primeira edição se limitou a quatro caras em um parque. Já na edição 3.0, doze jogadores lutam em um set de armazéns pós-apocalípticos, desenhando itens como portais espaciais, drones de giz, armas de energia e até uma armadura completa estilo Homem de Ferro.


Dez anos após o primeiro episódio, a série Chalk Warfare já registrou mais de 125 milhões de visualizações. Ao longo do processo, a equipe encontrou formas de aumentar a qualidade, abraçando novas tecnologias à medida que se tornaram disponíveis. “Uma das coisas que fez o Chalk 3.0 parecer muito melhor é que trocamos as DSLRs pela Blackmagic Cinema Camera 2.5K”, disse Wickert. “Ela ofereceu um visual muito mais cinematográfico, refinado.”

Quandos os planos para Chalk Warfare 4.0 começaram, a equipe achou, assim como nas edições anteriores, que era preciso avançar não só na história, mas também na tecnologia usada para contá-la. Um elemento-chave foi continuar a abraçar a Blackmagic Design. “Sempre foi uma experiência fantástica trabalhar com produtos Blackmagic”, disse Wickert. “Obtemos qualidade e desempenho espetaculares, e tudo por um preço competitivo. Sentimos que poderíamos melhorar a aparência dos nossos filmes, captando um alcance dinâmico muito mais alto e fornecendo mais opções na pós.”

O produtor de Chalk Warfare 4.0, Micah Malinics, também estava animado para trabalhar com as câmeras mais novas. “A tecnologia da Blackmagic é algo que me fascina desde que a descobri na faculdade. Não tive oportunidade de manusear os produtos deles até sair a URSA Mini Pro 4.6K original, mas fiquei impressionado com a qualidade de imagem que ela oferecia considerando o tamanho e o preço. Como produtor, eu sabia que isso seria um divisor de águas para youtubers cinematográficos.”

A produção incorporou tanto a URSA Mini Pro 4.6K G2 quanto a Pocket Cinema Camera 4K. Para uma produção pequena, os fatores de forma flexíveis permitiram que eles fossem mais eficientes. “Usamos uma configuração de duas câmeras para obter uma cobertura dupla das principais cenas de ação, disse Malinics. “Às vezes, até nos dividíamos em duas unidades para maximizar o dia, já que em algumas de nossas locações só tínhamos um dia ou dois para filmar tudo. A URSA Mini Pro também nos permitiu usar algumas lentes e periféricos de qualidade de cinema, aos quais já tínhamos acesso, o que também nos ajudou a ampliar a nossa capacidade cinematográfica neste projeto. Também usamos a Pocket Cinema Camera 4K em muitas das nossas cenas de bastidores. Ela é fácil e versátil, e se encaixa bem com as imagens da URSA Mini Pro.”


Chalk Warfare 4.0 realmente elevou a produção a um novo patamar, com filmagens em Los Angeles e Carolina do Sul, e incluiu uma unidade aérea para uma sequência de skydiving. “Uma das coisas mais legais a respeito da Blackmagic são os fatores de forma diferentes. Nós podíamos filmar uma unidade de produção padrão em um set com câmeras URSA Mini Pro e, em seguida, prender as unidades Pocket Cinema Camera mais compactas nos saltadores, sem nenhum receio das imagens não combinarem. A qualidade Blackmagic é consistente em todos os seus produtos de cinema. Não conseguimos encontrar isso em nenhuma outra marca.”

Um aspecto poderoso da filmagem com produtos Blackmagic Design foi o uso do Blackmagic RAW. “O uso do Blackmagic RAW realmente melhorou a aparência do filme”, disse Wickert. “Principalmente nas externas, nossa produção foi em grande parte com iluminação natural. O Blackmagic RAW nos deu a latitude necessária para ter opções nos ambientes em que estávamos filmando. E para alguém como eu, que trabalha atrás das câmeras e é adepto do improviso, isso é muito legal, pois ele nos permite gravar os dados necessários para extrair os detalhes na hora da colorização. Foi legal saber que os realces estavam sendo captados, assim eu podia me concentrar em trabalhar com rapidez para gravar o nosso filme.”

Como os efeitos visuais seriam a grande estrela do projeto, era importante captar imagens com a qualidade mais alta possível. “O Blackmagic RAW foi a solução perfeita para que captássemos todas as informações de cores e pixels necessárias para o trabalho VFX, ao mesmo tempo em que tornou isso econômica e logisticamente viável, sem precisar de terabytes de armazenamento no set”, disse Malinics. “A capacidade de utilizar todas as informações do sensor 4.6K e contar com reprodução em tempo real desses arquivos no DaVinci Resolve Studio, sem necessidade de proxies, também ajudou bastante no backend. Como youtubers, costumamos trabalhar de maneira muito rápida e simples, então o Blackmagic RAW nos ajudou a manter um fluxo de trabalho curto e rápido, contando com uma gama excepcionalmente maior de informações para usar do que na época em que usávamos DSLRs.”

A pós-produção foi concluída em grande parte no DaVinci Resolve Studio, que Wickert achou rápido e eficiente. “Um grande problema que enfrentamos com aplicativos de software e editores no passado é que o software não utilizou o desempenho máximo dos nossos computadores. Você pode ter um ótimo hardware, mas isso não significa que o seu software de pós-produção está extraindo o máximo dele. Este filme tem bastante ação real, além de várias sequências totalmente em CG sem imagens de verdade (com exceção dos ativos). Então, contar com um editor rápido e eficiente, com processamento multithread, capaz de lidar com todo esse material, era fundamental. O Resolve deu conta do recado, e realmente tornou o nosso fluxo de trabalho mais eficiente.

No verdadeiro estilo colaborativo, Chalk Warfare incorporou não apenas sets e sequências malucas, como também reuniu uma enorme quantidade de trabalhos de computação gráfica tanto de Wickert quanto do artista de efeitos visuais da casa, Brendan Forde, além de vários artistas de todo o país. O trabalho incluiu bastante rastreamento 3D, efeitos de partículas e dinâmica de fluidos. Forde se concentrou principalmente na imensa tarefa de rastrear armas, enquanto Wickert cuidou das sequências 3D mais pesadas e da integração do giz.

Todos os materiais foram compostos no Fusion do DaVinci Resolve. “O fluxo de trabalho baseado em nós do Fusion foi extremamente útil”, disse Forde. “Em um projeto como este, com tantos planos de imagem que necessitam de métodos de composição semelhantes, pudemos utilizar o fluxo de trabalho baseado em nós para trocar os ativos facilmente, bem como os dados de rastreamento para substituir as armas e adicioná-las aos novos planos de imagem.”

Com as ferramentas combinadas dentro do pacote, foi fácil incluir os novos planos de imagem, reproduzir a sequência e garantir que elas funcionariam dentro do contexto da edição completa. “Achamos muito legal que é possível trabalhar no Fusion, clicar no painel Editar e assistir em cores e até com som completo, se quisermos. Fomos montando uma edição final desde o primeiro dia, ao invés de usar proxies de baixa resolução, na esperança de que tudo se encaixaria no final.”

Wickert e Leigh trabalharam bastante com Realidade Virtual entre um filme do Chalk Warfare e outro, portanto fazia sentido incorporar VR em Chalk Warfare 4.0. Usando um rig Virtual Camera personalizado, incluindo o Blackmagic Video Assist 4K, Wickert foi capaz de usar imagens filmadas em locação com a URSA Mini Pro 4.6K G2 no espaço VR. “Um exemplo disso é a cena do robô quebrando a parede. Conseguimos pegar ativos digitalizados por fotos, bem como nossa animação de robô e literalmente filmar o robô no nosso escritório, reagindo dinamicamente à animação que estávamos vendo através do monitor Blackmagic montado no nosso rig. Isso permitiu movimentos de câmera realistas no nosso CG, o que muitas vezes pode fazer um CG questionável parecer convincente.”

Com o lançamento de Chalk Warfare 4.0, Wickert, Leigh e Malinics estão ansiosos para encarar novos projetos, embora seus trabalhos na série continuem inspirando seus objetivos futuros. “Gostaríamos de continuar trabalhando em projetos que nos estimule e possam entreter o nosso público”, disse Wickert. “Todas essas ferramentas novas, desde VR e 3D até câmeras Blackmagic e DaVinci Resolve, podem nos ajudar a criar sequências mais imersivas e experiências ainda mais cativantes.”

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