Com mais de três décadas de carreira moldando discos de artistas consagrados de diferentes gêneros, o produtor, engenheiro de gravação e mixer imersivo e estéreo Will Kennedy acompanha de perto a evolução do áudio imersivo na produção musical. Nesse cenário, ele se tornou um usuário dedicado do Dolby Atmos, tendo o Halo Upmix, da NUGEN Audio, como uma ferramenta central do seu fluxo de trabalho.
O interesse de Kennedy pela gravação começou ainda como estudante na Berklee College of Music. Depois, construiu parte da carreira no Ocean Way Nashville Studios e no Right Track Recording, em Nova York. Após uma breve pausa, retomou o caminho profissional em Los Angeles em 2005, quando passou a trabalhar em parceria com o produtor e mixer Matt Wallace. Juntos, eles operam o Studio Delux, um estúdio de mixagem imersiva localizado no icônico complexo Sound City.
Nos últimos anos, Kennedy e Wallace realizaram mais de 400 mixes imersivos, incluindo projetos em Dolby Atmos de catálogo e lançamentos recentes para artistas como B-52s, Black Sabbath, Dio, Sarah McLachlan, Grouplove, Jade Bird e Jacob Mann Big Band.
Mesmo com ampla experiência, Kennedy aponta um desafio recorrente nos primeiros trabalhos em Atmos. A tradução dos efeitos espaciais de gravações estéreo para um ambiente totalmente imersivo. Segundo ele, muitos projetos chegavam em stems, e efeitos como reverbs e delays, que soavam amplos no estéreo, perdiam profundidade quando reproduzidos em formatos imersivos.
Em gravações de catálogo, esses efeitos muitas vezes são parte essencial da identidade emocional das músicas, o que inviabiliza recriações completas do zero. A solução encontrada foi o Halo Upmix, da NUGEN Audio, que passou a integrar o fluxo de trabalho do estúdio.
De acordo com Kennedy, o Halo Upmix se tornou a ferramenta padrão em todos os projetos de upmix. A filosofia adotada é preservar ao máximo o que o público reconhece na mixagem original. O plug-in permite espalhar os efeitos pelo ambiente imersivo sem descaracterizar o material de origem, mantendo os elementos sonoros que definem cada música.
O objetivo, segundo ele, é simples. Manter a intenção artística e ampliar o espaço. Kennedy explica que utiliza presets próprios e evita ajustes excessivos, já que mudanças maiores podem complicar a tradução entre diferentes sistemas de reprodução, como caixas acústicas e fones de ouvido.
O Halo Upmix tem papel importante em projetos recentes de grande visibilidade, como o álbum Better Broken, de Sarah McLachlan, lançado em setembro. Nesse trabalho, os mixers da versão estéreo forneceram efeitos separados, incluindo múltiplos delays e reverbs. Em vez de recriar esses elementos, Kennedy utilizou o Halo Upmix para expandir os reverbs no campo imersivo, mantendo alguns delays como fontes pontuais. Assim, foi possível transportar para o Atmos a ambiência criada originalmente para o estéreo.
Além do desempenho da ferramenta, Kennedy destaca a postura da NUGEN Audio no relacionamento com profissionais de música. Ele observa que, no universo do áudio imersivo, nem sempre é fácil encontrar empresas atentas às demandas específicas da produção musical. Ainda assim, a NUGEN mantém diálogo constante sobre funcionalidades e melhorias que atendem a essas necessidades.
Kennedy conta que foi apresentado à NUGEN Audio pelo engenheiro de masterização Jett Galindo e ressalta a troca frequente com Freddy Vinehill-Cliffe, da equipe da empresa. Segundo ele, as conversas sobre o Halo Upmix sempre resultaram em abertura para feedback e esclarecimento técnico.
Atualmente, Will Kennedy segue trabalhando com artistas de diferentes gerações e estilos, criando mixes imersivos que preservam a essência dos projetos originais e exploram as possibilidades criativas do Dolby Atmos. Embora continue atuando também no estéreo, o áudio imersivo ocupa hoje a maior parte da sua rotina, com o Halo Upmix da NUGEN Audio como parte indispensável do seu conjunto de ferramentas.
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