Para preparar melhor os alunos para os desafios do mundo real de comunicação e controle de Sistemas Aéreos Não Tripulados (UAS), a Universidade Politécnica Estadual da Califórnia implantou um sistema Clear-Com de última geração em seu Laboratório de Voo Autônomo (AFL).
A intenção deste programa é que os alunos obtenham experiência prática usando a infraestrutura de comunicações padrão do setor. Segundo o Professor Associado, o brasileiro Paulo Iscold, o foco é ensinar estudantes de engenharia aeroespacial como operar sistemas de comunicação e trabalhar em equipe de forma eficiente e produtiva em uma estação de controle terrestre. Aprender e entender como promover comunicações fluentes entre a aeronave autônoma (com piloto de reserva a bordo) e o solo é de missão crítica. “Nossa estação terrestre é uma das partes mais importantes deste laboratório para apresentar aos alunos como falar em interfones. É por isso que selecionamos a Clear-Com”, disse o engenheiro, PHD pela UFMG, professor e piloto.
Além disso, como a Clear-Com é o sistema preferido pelos principais programas de UAS de grande escala, é uma escolha natural para um ambiente de treinamento. “Com nosso sistema Clear-Com, levamos isso ainda mais longe porque os alunos não estão apenas conversando com a aeronave, eles estão conversando com outras pessoas dentro da sala de controle, aprendendo a trabalhar coletivamente nos mesmos problemas”, destacou Iscold.
O objetivo é fornecer experiência prática usando as ferramentas e sistemas que os graduados encontrarão em ambientes operacionais do mundo real. Ao projetar o sistema da Cal Poly, Iscold visitou várias estações terrestres no sul da Califórnia, trabalhando em estreita colaboração com representantes da Clear-Com para escolher componentes e implementar o sistema. A parte da estação terrestre do AFL apresenta um sistema Clear-Com composto por uma estrutura do sistema de intercomunicação matricial Eclipse HX (com uma placa de interface IP de alta densidade E-IPA), quatro painéis Iris, vários headsets CC-400 e interfaces IP da série LQ para conectividade.
Além disso, o laboratório incorporará o aplicativo móvel Agent-IC da Clear-Com e o cliente de desktop virtual Station-IC para fornecer aos alunos conectividade remota. Dado que o programa atende 120 alunos anualmente e apenas dez alunos podem ocupar o laboratório simultaneamente, a conectividade remota é um ativo poderoso e necessário. Enquanto eles fazem o rodízio de alunos dentro e fora do laboratório, os recursos fornecidos pelo Agent-IC e Station-IC permitem que aqueles que não estão fisicamente presentes ouçam, aprendam e entendam a linguagem e o fluxo da comunicação adequada por meio de um “fly-on- perspectiva da parede”.
“Nossa estação terrestre se parece com o que você veria nos lançamentos de foguetes da NASA ou do Space X”, declarou Iscold. “Com engenheiros sentados na frente de monitores enquanto os dados rolam pelas telas, comunicando-se entre si, o diretor de voo e o tráfego aéreo ao controle. Precisamos ensinar os alunos a lidar com toda essa comunicação simultaneamente, então a flexibilidade que a Clear-Com oferece foi um fator decisivo para nós.”
Em última análise, Iscold acredita que há outros benefícios na adoção do Clear-Com pela Cal Poly como uma ferramenta de ensino. Ou seja, provar o valor de implantar soluções semelhantes do mundo real para outras instituições educacionais. “Se não estamos expondo os alunos à realidade do trabalho, não estamos fazendo um bom trabalho. Comunicar-se assim requer disciplina e métodos que não são necessariamente naturais para ninguém.”
“Acreditamos que se nossos alunos tiverem essas habilidades quando se formarem poderão começar a trabalhar, e a Clear-Com é a chave para que isso aconteça”, concluiu Paulo Iscold.
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