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SET EXPO: Blockchain pode trazer mais transparência ao mercado de mídia e entretenimento

Por Redação

Confira os destaques do debate “Como blockchain pode colaborar com a indústria de mídia e entretenimento”, que aconteceu nesta segunda-feira (26) no SET EXPO

Inovação que vem sendo testada e implementada por diversos setores da economia, sobretudo no mercado financeiro, o blockchain também pode colaborar com a indústria de mídia e tecnologia. Um dos principais diferenciais é a transparência em frentes como publicidade digital, jogos online e pagamentos. O tema foi alvo de debate no painel “Como blockchain pode colaborar com a indústria de mídia e entretenimento”, com moderação de Vinícius Vasconcellos, consultor sênior Telecom, Media & Entertainment IBM. “O exemplo mais conhecido do blockchain é nas criptomoedas, porém, ele pode ser empregado em diversos outros negócios”, diz.

O primeiro palestrante foi Mauricio Magaldi Suguihura, community coordinator da Hyperledger Chapter Brasil. Ele fez um breve relato de como surgiu e qual é a definição de blockchain, e citou casos de uso por outras indústrias, tais como a de alimentos. Citou como exemplo o caso de uma empresa que precisa fazer recall de um produto fora do prazo ou estragado. Em alguns casos, devido à fragmentação típica desse segmento da economia, o rastreamento pode demorar até sete dias, prazo que demoraria segundos se o blockchain fosse empregado. “No blockchain é possível fazer muito mais rápido, pois todos teriam a informação compartilhada e logo localizariam a origem”, afirmou.

Blockchain na mídia

Luiz Jeronymo, Director Sales Engineering da R3 Brazil, por sua vez, explicou que uma das principais vantagens do blockchain é a redução ou eliminação de processos e papéis, sem a necessidade de intermediários. “É um aumento de eficiência e de transparência.”

Segundo ele, um dos diferenciais da adoção do blockchain é a elevação de confiança na cadeia de negócios. “Dentro de um contrato, por exemplo, a visão que se tem é a de que aquilo que estou vendo é o mesmo que a minha contraparte está vendo”, afirmou. Além dos contratos, ele indicou que outros usos na mídia podem incluir segurança de conteúdo, gerenciamento de licenças e direitos, contratos inteligentes, pagamentos, publicidade digital, distribuição de royalties e  jogos online.

Para ilustrar melhor, o executivo citou um projeto em curso. Trata-se de uma plataforma que mescla blockchain e inteligência artificial.  A plataforma faz a representação de anunciantes e marcas para analisar a compra de mídia programática junto ao canal do anúncio, analisando com ferramentas de IA se os anúncios de fato estão gerando engajamento ou são fruto de ação de bots (robôs).

A última palestra do painel foi de Washington Cabral, Technology Advisor for M&E IBM. Ele falou da importância da implantação do blockchain em mídia, entretenimento e publicidade digital. Entre outros dados, mencionou uma estatística de editoras, indicando que 25% dos direitos autorais de seus artistas não são repassados pelas plataformas de streaming. Outro dado foi o custo de fraudes em publicidade digital, que chegou a US$ 18 bilhões em 2018 e tem estimativa de chegar a US$ 44 bilhões em 2020. Para o executivo, o blockchain atuaria para melhorar processos da cadeia de suprimentos de mídia, buscando eficiência com redução de custos e eliminando intermediários.

Fonte: SET EXPO

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