Há muito que a disputa pela atenção do telespectador de TV e ouvinte de rádio não se limita mais a uma audiência presente em um único canal recebendo conteúdo de forma linear. Redes sociais e plataformas digitais trouxeram novas oportunidades, mas também novos desafios para a produção, transmissão e formatação de conteúdos. Sem falar na segmentação, cada vez mais nichada.
Em torno dessa temática um bate-papo cheio de insights relevantes teve a presença de Roberto Araújo, CEO do Grupo Jovem Pan, Izabela Ianelli, Digital Director na Endemol Shine Brasil, Felipe Aranha, Coordenador de Planejamento e Performance na Viu Hub (aceleradora da Globo), e Antonio Abibe, diretor de Parcerias e Conteúdo da Kwai Brasil.
Intitulada “Muito Além da Grade Linear: as Estratégias Digitais que Potencializam Negócios para Rádio e para TV”, a conversa teve a mediação de Carlos Aros, diretor de Conteúdo da Rede Jovem Pan News, e mostrou a importância, as formas e, principalmente, a necessidade de ir além da grade linear e olhar para o conteúdo dentro de um ecossistema digital.
Os participantes concordaram que atualmente nenhum conteúdo pode ser pensado apenas para uma grade linear. “Se o conteúdo for bom, as pessoas vão falar dele e vão falar em diferentes lugares, em diferentes momentos”, afirma Ianelli. “Se você não estiver presente nesses lugares você perde a oportunidade de controlar a narrativa, de conduzi-la de acordo com os objetivos para os quais o conteúdo foi criado.”
“O conteúdo precisa ser planejado para existir dentro de um ecossistema digital”, reforça Aranha. “Estar em todos os lugares é a oportunidade de falar com diferentes públicos.”
Araújo trouxe a experiência de um grande grupo que foi do mais tradicional, o rádio, para uma grande diversidade de canais: “Hoje a Jovem Pan é maior no digital do que no seu original, que é o rádio. Do ponto de vista de negócios, nossa jornada em diferentes mídias busca acompanhar as diferentes jornadas de consumo”.
Na conversa, os participantes também destacaram que é importante, no planejamento de qualquer conteúdo, em quais janelas ele estará presente e em como combinar cada uma dessas janelas com seus anunciantes. “Nem sempre um anunciante que está interessado em se fazer presente na TV vai estar interessado naquele conteúdo quando for explorado em outra mídia”, alerta Abibe. “É preciso combinar parcerias que aproveitem de forma eficiente cada plataforma.”
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