“O BT.709 representou apenas 35,09% das cores da visão humana, enquanto o BT.2020 já representa 75,8% das cores visíveis”, afirmou Mickael Raulet, diretor de Pesquisa e Inovação da Ateme
Mickael Raulet, diretor de Pesquisa e Inovação da Ateme, abordou na 4K-HDR Summit, que será realizada até 8 de novembro no Pólo Nacional de Conteúdo Digital, em Málaga (ESP), os desafios da codificação de imagens em Ultra Alta Definição e as possibilidades que abrem o desenvolvimento de áudio de nova geração (NGA).
Raulet iniciou sua intervenção destacando a evolução que estamos vivendo na profundidade da cor e na alta faixa dinâmica. “O BT.709 representou apenas 35,09% das cores da visão humana, enquanto o BT.2020 já representa 75,8% das cores visíveis”, disse.
O desenvolvimento do HDR foi possível graças à função de transferência optoeletrônica. No entanto, no mercado, encontramos diferentes tecnologias em jogo, estáticas e dinâmicas, como Dolby Vision, Technicolor / SL-HDR e HDR10 +. “Na Ateme, não garantimos que uma opção seja melhor que outra. Nossa missão é ajudar cada opção a desenvolver sua tecnologia”, afirmou.
Com a ajuda de seus codificadores Titan populares, a Ateme desenvolve vários testes em Ultra HD de alta definição desde 2015, em colaboração com outros fabricantes e emissoras. Em 2015, juntamente com a NBCU americana, eles realizaram alguns experimentos com a tecnologia HDR10 , depois estenderam esses testes para o Euro 2016, Roland Garros 2016 e Copa do Mundo 2018 para estudar a compatibilidade do SDR e HDR.
Na parte dinâmica, em 2017 e 2018, novas experiências com Dolby Vision ocorreram no tradicional torneio de tênis Roland Garros, alcançando a primeira transmissão ao vivo com esse padrão antes de estar disponível no mercado. Na última edição de Roland Garros, a Ateme testou novamente o áudio NGA com vários canais em uma experiência realizada em colaboração com a France TV. Nesse caso, as câmeras Panasonic capturaram imagens UHD HDR usando codificadores Titan Live para distribuição OTT.
A Ateme também realizou testes com o canal ARTE com a proposta do Operador de Mapeamento de Tom Inverso Technicolor. Na Copa do Mundo de 2018, realizada na Rússia, em colaboração com a EBU, TPC, France Tv, IRT e RAI, eles tentaram demonstrar que a especificação da EBU poderia ser aplicada efetivamente na produção. Nesse caso, foi dada ênfase especial ao teste das possibilidades de áudio da próxima geração (NGA), obtendo um grande impacto sobre o público, além de uma alta taxa de quadros na imagem.
Entre outras experiências pioneiras nas quais a Ateme participou ativamente estão a última edição do Eurovision e o festival Rock in Rio, neste caso, testando áudio com codificação MPEG-H no ISDB-Tb.