Home Reportagens ‘Don’t Go Below’ captado com câmeras digitais cinematográficas da Blackmagic Design

‘Don’t Go Below’ captado com câmeras digitais cinematográficas da Blackmagic Design

Filme australiano "Don’t Go Below", que estreará em janeiro de 2023, usou Blackmagic Pocket Cinema e DaVinci Resolve Studio para primeira projeção com rastreamento de raio em tempo real do mundo

Por Ricardo Batalha

A Blackmagic Design revelou que o longa-metragem australiano “Don’t Go Below” foi filmado inteiramente com as câmeras digitais cinematográficas Blackmagic Pocket Cinema Camera 4K e 6K. Rodado em Sydney, o filme de aventura para toda a família recentemente estreou no Mercado do Filme de Cannes e é o terceiro longa do cineasta local Matt Drummond, que usou o software de efeitos visuais (VFX) e gráficos em movimento Fusion Studio e o software de edição, gradação de cores, VFX e pós-produção de áudio DaVinci Resolve Studio para completar o filme.

“Don’t Go Below” conta a história de Peter, de 12 anos, e sua irmã Verity, que são transportados para o reino subterrâneo dos pangolins, onde uma profecia estabelece que Peter é o rei e deve partir em uma missão para salvar o império de um misterioso inimigo chamado Shroud.

Ao criar o filme, Drummond replicou um sistema de rastreamento de raios em tempo real ao usar projetores de ultracurta distância e telas de rejeição de luz ambiente. Com o sistema, o primeiro do seu tipo em todo o mundo, ele conseguiu melhorar bastante o realismo dos efeitos visuais ao copiar a maneira como a luz reflete e refrata no mundo real. Para controlar o espalhamento da luz para o sistema, ele usou Pocket Cinema Cameras para filmar com um ISO mais alto, o que possibilitou reduzir a potência da luz e ainda assim obter imagens incríveis. O sistema de projeção em tempo real ofereceu aos atores (de 9 e 12 anos), mais direção para interagir com os outros personagens dentro do universo fantástico do filme.

Apesar de uma equipe pequena de apenas sete pessoas e um orçamento reduzido, as Pocket Cinema Cameras permitiram que Drummond utilizasse um sistema de projeção em tempo real para as filmagens. Com o software e hardware da Blackmagic Design, ele conseguiu fazer uma dança elaborada entre a luz do primeiro plano, CGI em tempo real, ISO elevado e o uso inovador do DaVinci Resolve Studio para obter as imagens.

Drummond, que trabalha com VFX há mais de 25 anos, também conseguiu cortar mais de 300 dias de pós-produção para o filme. “Ao usar o DaVinci Resolve como o centro de tudo, contamos com um fluxo de trabalho e experiência geral fantásticos. A última atualização do DaVinci Resolve também foi uma bênção”, disse.

“O DaVinci foi usado como o sistema de montagem principal e permitiu ao editor Joseph Morris cortar cada cena em sua própria linha de tempo para que pudéssemos reduzir a carga de trabalho em partes fáceis de gerir. Isso nos deu bastante flexibilidade. Cada uma das cenas era então montada em uma linha de tempo mestre para o filme inteiro. O filme tem mais de 1600 planos VFX envolvendo personagens e ambientes completamente em CGI, portanto, a organização de cena em cena foi crucial”, disse Drummond.

Ao usar o Fusion Studio, Drummond conseguiu criar um macro de composição mestre que lidou com todos os tipos de procedimentos de composição. Entre eles, o chaveamento automático, iluminação baseada em imagens falsas, reiluminação de fundos e integrações padronizadas, incluindo remoção de bordas, efeitos de contraluz, enevoamentos, etc. “A integração dos efeitos visuais renderizados no Unreal Engine era muito simples, e a capacidade de compor planos sem dificuldades em qualidade completa de 32 bits de ponto flutuante a 6K era muito acima do que o meu fluxo de trabalho anterior conseguia aguentar”, acrescentou.

O desenho de som pôde ser feito com base em cada cena, em vez de recorrer ao velho paradigma dos rolos. “Isso significou que podíamos editar diálogos e posicionar trilhas diretamente no editor sem medo de pesadelos com a reconformação mais tarde”, disse Drummond. “O tratamento das cores sempre foi o forte do DaVinci, então nem é preciso dizer que esse processo foi muito fácil, mas a integração do ACES 1.3 com Dolby Vision tornou o processo de criar entregáveis em HDR e SDR muito simples.”

“Ter a capacidade de usar esse sistema de projeção em tempo real trouxe grande benefícios ao filme, ajudando a informar minhas decisões no set e auxiliando meu jovem elenco a imaginar onde estava. A interação da câmera e da projeção deixou o CGI muito orgânico, e ficou ótimo”, disse.

“A Pocket Cinema Camera 6K é absolutamente incrível. A latitude é impressionante. Com o tamanho e o peso das câmeras, eu e minha equipe também podíamos ser extremamente ágeis, o que era importante, já que eu tinha um prazo de tempo reduzido e uma equipe pequena”, continuou.

“Como somos uma empresa de cinema independente, é importante podermos usar o nosso investimento na tela e não gastar montanhas de dinheiro em aspectos que não tenham um impacto importante no produto final. Quando meu objetivo é alcançar as estrelas, não quero que nada me atrapalhe. A Blackmagic Design Pocket 6K e o DaVinci Resolve Studio me ofereceram a solução de ponta a ponta que eu precisava. Eles acabaram com as idas e vindas, deixando só a jornada”, concluiu.

“Don’t Go Below” estreará no mundo todo em janeiro de 2023.

Acompanhe a Panorama Audiovisual no Facebook e YouTube

Assuntos relacionados