A Blackmagic Design anunciou que o supervisor de VFX Sam O’Hare utilizou o software de efeitos visuais e gráficos em movimento Fusion Studio no filme “Dinheiro Fácil” da Black Bear Pictures e Columbia Pictures. Graças à velocidade e às capacidades de script do Fusion Studio, O’Hare pôde lidar prontamente com os inúmeros close-ups de tela essenciais para a comédia centrada na negociação de ações online na bolsa de valores.
“Dinheiro Fácil” é a versão definitiva do conto de Davi e Golias, inspirada na incrível história real de pessoas comuns que inverteram os papéis em Wall Street, enriquecendo ao fazer da GameStop (sim, a loja de videogames) a empresa mais cobiçada do mundo. No epicentro da trama está Keith Gill (Paul Dano), um sujeito comum, que inicia tudo ao investir suas economias de vida na ação e compartilhar a experiência online. À medida que suas postagens ganham destaque, sua vida, assim como a vida de todos que o acompanham, decola. O que começa como uma simples dica de ações se transforma em um movimento, enriquecendo a todos, até que os bilionários contra-atacam, virando os mundos de ambos os lados de cabeça para baixo.
“Dinheiro Fácil” também é estrelado por Pete Davidson, Vincent D’Onofrio, America Ferrera, Nick Offerman, Anthony Ramos, Sebastian Stan, Shailene Woodley e Seth Rogen. Sob a direção de Craig Gillespie, o longa foi roteirizado por Lauren Schuker Blum e Rebecca Angelo, com base no livro “A Rede Antissocial” de Ben Mezrich.
O’Hare, supervisor de VFX baseado em Nova Iorque, liderou a equipe que entregou mais de 500 planos de imagem para o filme. “Venho usando o Fusion há anos. Ele continua sendo minha escolha quando preciso realizar composições de maneira rápida e eficaz. Em ‘Dinheiro Fácil’, eu contava com quatro fornecedores de VFX, mas devido à logística e às restrições orçamentárias, fazia sentido que eu mesmo cuidasse de algumas cenas, e, para isso, recorri ao Fusion”, explicou O’Hare.
Com a bolsa de valores e as notícias online desempenhando um papel essencial na trama do filme, O’Hare utilizou o Fusion Studio para um número significativo de close-ups de tela e tratamentos. “As telas desempenham um papel crucial no filme, e tínhamos diversas cenas com close-ups extremos em gráficos”, explicou. “No Fusion, criei um look para os close-ups das telas usando fotografia de referência dos LEDs da tela como base. Concatenei transformações para reduzir a resolução e pixelar os gráficos e as imagens fornecidas. Esses elementos foram integrados usando vários modos de mesclagem e correções de cor, finalizados com vinhetas, desfoques e granulação.”
“Como eu estava lidando com muitas cenas e precisava manter minhas convenções de nomenclatura em ordem, desenvolvi vários scripts em Python para o Fusion, criando assim uma pipeline básica. Isso garantia que minha pipeline OpenColorIO fosse precisa, que meus arquivos e saídas sempre tivessem os nomes corretos e que o intervalo de quadros sempre estivesse definido, além de gerar claquetes e sobreposições que eram atualizadas automaticamente a cada plano”, disse.
Além disso, O’Hare utilizou o software de edição, gradação de cores, VFX e pós-produção de som DaVinci Resolve Studio para ajudar a gestão das diversas cenas de VFX entre os quatro fornecedores do filme, confiando ainda mais nos recursos de script tanto do DaVinci quanto do Fusion Studio. “Também usei scripts em Python para agilizar meu uso do DaVinci, ao qual recorri durante a revisão dos planos, pois era necessário sincronizar as cores entre os plates LogC4, EXRs Lineares e as referências editoriais em Rec.709. Com o auxílio de uma lista exportada dos planos, meu script gerava uma sequência no DaVinci contendo todos esses elementos adicionados, codificados por cores, e os QuickTimes cortados para a duração correta. Um segundo script utilizava a página Fusion do DaVinci Resolve e os nós nativos do DaVinci para adicionar automaticamente a gama correta e a transformação de cores OpenColorIO para cada sequência em EXR. Com isso, eu podia facilmente verificar a duração do plano, a transformação e a cor, e analisar o trabalho de limpeza e de chaveamento em comparação com o plate com um único clique, além de reproduzir tudo em tempo real em 4K”, acrescentou.
“Como eu também queria verificar as diferenças entre as versões, escrevi um terceiro script que buscava automaticamente por outras versões de sequências EXR ou QuickTime na pasta e avançava para a próxima ou anterior com um atalho de teclado. Tudo isso me permitiu eliminar muitas tarefas repetitivas e me concentrar na imagem. Preparar 100 planos para revisão foi tão simples quanto preparar um. Por fim, utilizei o DaVinci para exportar sequências para aprovação do diretor”, continuou.
Embora a maior parte do trabalho de O’Hare no filme seja invisível, ele considera isso como o maior elogio. “A ideia é que o VFX seja invisível, então, quando o público não percebe o uso de efeitos, esse é o maior elogio. No total, tivemos mais de 500 planos VFX no filme, incluindo sequências de carro com tela azul, uma série de telas, substituição de ambiente com dezenas de árvores em CG para transformar o outono em inverno, e adição de atores em cenas onde eles não podiam estar no set e tiveram que ser filmados separadamente”, explicou.
“As principais razões pelas quais continuo utilizando o DaVinci e o Fusion são a facilidade de uso e agilidade. Quase sempre, consigo executar em questão de minutos o que levaria muito mais tempo em outros aplicativos. Também confio muito no gerenciamento de cores, que é fundamental para uma pipeline de VFX”, detalhou O’Hare. “Sem o uso do Fusion e do DaVinci, não teríamos conseguido realizar todo o trabalho necessário dentro do prazo e do orçamento, simples assim. Ao contar com essas ferramentas, pude responder aos fornecedores com rapidez, executar cenas, manter os produtores e o diretor atualizados, e não precisei trabalhar horas extras insanas para que tudo acontecesse”, concluiu.
Site relacionado: https://www.blackmagicdesign.com/
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[…] , 2024-01-24 01:09:36 ou clique aqui, para ler na íntegra. O material RSS “Fusion Studio utilizado para VFX no longa-metragem Dinheiro Fácil”, […]
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