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Las Vegas Sphere impressiona ao revelar áudio imersivo de ponta

Sphere Immersive Sound (powered by HOLOPLOT) está sendo chamado de "o sistema de áudio de concerto mais avançado do mundo"

Por Ricardo Batalha

O Las Vegas Sphere deu um grande passo em direção à sua abertura em 29 de setembro, quando o U2 dará início às 25 apresentações programadas de “U2: UV Achtung Baby Live At Sphere”, com a revelação do impressionante sistema de áudio de última geração da casa. Sphere Immersive Sound, powered by HOLOPLOT, que está sendo chamado de “o sistema de áudio de concerto mais avançado do mundo”, apresenta som 3D beam-forming que pode ser focado em assentos específicos por todo o vasto espaço de performance da casa sem perda de áudio. O colossal espaço côncavo de 14.864,64 metros quadrados e 2,3 bilhões de dólares, com milhões de luzes LED inativas tem 17.500 assentos. O interior, com 111,252 metros, é mais alto que a Estátua da Liberdade.

“A HOLOPLOT tem se concentrado em transformar radicalmente a tecnologia de áudio, repensando a física subjacente da reprodução de som como a conhecemos”, afirmou Roman Sick, CEO da HOLOPLOT, uma empresa de tecnologia de áudio fundada em Berlim em 2016. A tecnologia de áudio, segundo ele, foi inicialmente implementada como um sistema de som público para a Deutsche Bahn (sistema de trens alemão) para tornar anúncios audíveis. Atualmente, a tecnologia está em uso no Beacon Theatre da MSG.

Durante a demonstração de áudio, ocorrida no dia 21 de julho, Paul Freeman, Artista de Áudio Principal do Sphere, tocou seu tablet e, de repente, 167 mil drivers de alto-falante amplificados, alojados em 1.600 módulos de alto-falantes permanentemente instalados HOLOPLOT X1 posicionados ao redor do Sphere, juntamente com outros 300 módulos móveis, foram ativados. Assim, criaram um áudio nítido, limpo e de alta qualidade, que soava como se os alto-falantes estivessem bem na sua frente.

A primeira faixa reproduzida através do sistema de áudio, apropriadamente, foi “Pride In The Name of Love (Pride Mix)” do álbum de 2023 do U2, “Songs of Surrender”, mixada especificamente para o Sphere. A versão acústica de “Pride” soava como se o sistema estivesse usando faixas de estúdio de alta fidelidade, com cada parte individual destacada. A experiência não era apenas ouvir passivamente uma música, mas algo que parecia estar dentro da mixagem, com as ondas sonoras envolvendo tudo e todos.

“A beleza do Sphere não é apenas a tecnologia inovadora que o tornará único, com o sistema de áudio mais avançado do mundo integrado em uma estrutura projetada com qualidade de som como prioridade. São também as possibilidades de experiências imersivas em paisagens reais e imaginárias. Em resumo, é uma tela de escala e resolução de imagem sem igual, e uma oportunidade única em uma geração…”, declarou o guitarrista The Edge, do U2.

Durante a demonstração, Freeman tocou uma música com vocais e perguntou aos cerca de 20 presentes de onde vinha a voz. Dependendo de onde alguém estava sentado, as respostas eram diferentes, com todos apontando em direções distintas. Em outro momento, tocou “Here Comes The Sun”, dos Beatles, para mostrar como a tecnologia de áudio pode destacar sons nunca antes percebidos. Nesse caso, foi o som do pé de George Harrison batendo durante a gravação da música, uma revelação de áudio.

Freeman criou uma mistura variada de gêneros e sons para demonstrar a capacidade do Sphere de criar experiências de áudio imersivas de qualquer estilo musical. Uma faixa da banda Tauk tinha um toque eletrônico com sintetizadores parecidos com os de Giorgio Moroder; “California Soil”, do London Grammar, apresentava os vocais emocionantes de Hannah Reid sobre uma batida de trip-hop; “BOOM”, de Tiësto e Sevenn, era tudo sobre o baixo pesado com batidas percussivas e pronto para a pista de dança; assim como “On The Floor” de J.Lo, com Pitbull entoando sobre um pop EDM vibrante; “Bohemian Rhapsody”, do Queen, talvez nunca tenha soado tão dinâmica e onipresente; e uma paisagem sonora ambiente com pássaros, grilos e folhas ao vento evocava um cenário de floresta.

Freeman, que também é CEO da Audio By The Bay Productions, tocou uma trilha sonora cinematográfica ampla, gravada nos estúdios Abbey Road com o lendário maestro John Williams. Pode-se imaginar uma trilha sonora épica sendo usada no filme “Postcard From Earth”, do diretor Darren Aronofsky, que estreará no Sphere em 6 de outubro.

“Sphere Immersive Sound é um pilar da tecnologia especialmente projetada que fará do Sphere uma casa de shows diferente de qualquer outra no mundo, fornecendo áudio com clareza e precisão incomparáveis para todos os convidados, não importa onde estejam sentados”, afirmou David Dibble, CEO da MSG Ventures.

Dibble ressaltou durante a demonstração como a estrutura se assemelha aos teatros da Grécia antiga, que aproximavam os espectadores o máximo possível da performance. Ele também explicou como os assentos têm tecnologia háptica, que durante a demonstração trouxe vibrações aos assentos, que têm uma textura semelhante a um favo de mel e reage de forma semelhante à pele humana, mantendo o áudio do Sphere constante e uniforme, mesmo quando não está cheio.

“O som é realmente o produto para um músico”, observou James Dolan, Presidente Executivo e CEO da MSG Entertainment, ao resumir a tecnologia de áudio do Sphere. “O que um músico quer é se conectar com seu público. Eles querem que a intenção do seu som alcance o público. E essa intenção é o que eles escrevem em sua música. E nenhum prédio no mundo fará isso melhor do que aquele em que você está sentado agora”, concluiu.

Fonte: Andy Gensler | Pollstar

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