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LiveU conclui com sucesso projeto de pesquisa sobre produção remota além do 5G

Testes validam uso de tecnologia 5G multienlace e multislice para workflows avançados de vídeo ao vivo com múltiplas câmeras

Por Ricardo Batalha

A LiveU participou com sucesso de um projeto europeu chamado FIDAL/B5VideoNet, que busca formas mais avançadas de fazer transmissões de vídeo à distância, usando redes mais modernas do que o 5G. O objetivo era testar novas tecnologias para melhorar a qualidade e a eficiência dessas transmissões, como em eventos ao vivo. Durante o projeto, a empresa mostrou que é possível transmitir vídeos com alta qualidade, usando uma ou várias câmeras ao mesmo tempo, graças a recursos como o uso combinado de vários tipos de conexão de internet e a divisão inteligente do sinal da rede 5G. Tudo isso ajuda a tornar a produção remota de vídeo mais estável e profissional.

A LiveU utilizou suas unidades LU800 PRO, com suporte multicâmera, e a solução de conectividade Xtend, combinadas com tecnologias de última geração além do 5G. As atividades se concentraram em três principais cenários de uso para produção remota:

No primeiro, a produção em nuvem, foram testadas configurações de segmentação de rede para garantir largura de banda e baixa latência em fluxos baseados em nuvem. No segundo, voltado à computação em edge, a empresa testou a integração da computação móvel diretamente na infraestrutura dos provedores (como uma nuvem privada). O terceiro cenário consistiu em produção remota in loco, combinando recursos em nuvem, receptores móveis e soluções automáticas de ingestão e marcação de metadados, como o LiveU Ingest, com testes de segmentação dos enlaces de subida e descida.

Os testes foram conduzidos no banco de provas B5G da Universidade de Patras, na Grécia, e exploraram os benefícios da união de múltiplos enlaces com segmentação de rede (slice e multi-slice) para transmissão de vídeo com qualidade de broadcast. Essa abordagem permite garantir parâmetros como largura de banda, latência e taxa de erro das conexões 5G, mesmo sob congestionamento da rede.

As configurações testadas incluíram segmentos com taxa de bits garantida (GBR) e não garantida (Non-GBR), oferecendo um caminho viável para que emissoras e criadores de conteúdo ajustem seus níveis de serviço conforme suas necessidades, recursos técnicos e orçamentos. Em produções esportivas multicâmera, por exemplo, é possível reservar slices com alta largura de banda apenas nos momentos críticos, utilizando slices mais econômicos ou complementares nos demais casos, otimizando o custo sem comprometer a qualidade.

Outro aspecto fundamental do projeto foi o uso de APIs padronizadas de exposição de rede para alocação dinâmica de recursos, uma inovação que abre caminho para serviços sob demanda, em vez de alocação constante e irrestrita. Isso permite, por exemplo, que uma aplicação como a da LiveU solicite capacidade de rede em tempo real, com base na hora e local do evento, garantindo qualidade de serviço somente quando necessário.

Também foi utilizada uma rede 5G privada (NPN) combinada às tecnologias anteriores, demonstrando a viabilidade de produções remotas locais com garantia de qualidade nos enlaces de subida e descida. A prática do *spectrum carving* também foi validada, permitindo a criação de sub-redes privadas com garantia de qualidade de serviço (QoS), utilizando infraestrutura com rádio definido por software (SDR) na UoP. Isso representa novas oportunidades de monetização para operadoras móveis, ao mesmo tempo em que oferece maior confiabilidade para clientes exigentes.

Baruch Artman, vice-presidente adjunto e diretor de projetos 5G e ESG da LiveU, destacou: “Realizamos dezenas de testes internos e externos ao longo de nove dias no banco de testes da Universidade de Patras. Utilizamos diferentes configurações de slice com diversos níveis de largura de banda garantida e identificadores de QoS (5QI), variando as latências de ponta a ponta. Mostramos como a tecnologia de união multienlace e multislice da LiveU oferece ganhos concretos em confiabilidade, flexibilidade e controle de custos na produção remota, beneficiando tanto os clientes quanto as operadoras.”

Ele acrescenta: “Outro ponto relevante foi a comprovação do uso de APIs padronizadas para solicitação de serviços sob demanda, um avanço promissor para a produção de mídia ao vivo, inclusive com foco no futuro 6G. São casos de uso pioneiros que indicam um novo paradigma na forma como os serviços de rede são consumidos.”

O projeto FIDAL integra o programa Horizonte Europa, com cofinanciamento da iniciativa 6G Smart Networks and Services. Além da LiveU e da Universidade de Patras, também participam a operadora grega Nova, a fundação FORTH (Fundação para Pesquisa e Tecnologia – Hellas) e a empresa de tecnologia Ubitech.

Site relacionado: https://www.liveu.tv/

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