Com mais conteúdo sendo fornecido em várias redes, para um número cada vez maior de plataformas e dispositivos, a segurança é um requisito crítico para a entrega de vídeo
Por Tim Pearson (*)
As mudanças relacionadas à evolução da distribuição primária e ao streaming de uma rede de distribuição convencional – que alguns preveem se tornar maior do que a broadcast -, criaram a necessidade de um novo conjunto de requisitos de segurança que não apenas reflete as ameaças cibernéticas de hoje, mas também aquelas do cenário de tecnologia em evolução.
No que diz respeito à contribuição da cadeia de distribuição de conteúdo, atualmente, os servidores fornecem mais potência do que era anteriormente obtido por meio de equipamentos personalizados que incluíam IRDs profissionais com ProCAMs e cartões inteligentes. Hoje, os distribuidores se beneficiam ao poder usar esses servidores prontos com tecnologia de cartão SIM integrada, que permite a cada servidor gerenciar um número significativamente maior de serviços do que antes era possível. Essa nova abordagem não apenas oferece um benefício de redução de custos para as operadoras de serviços – sem comprometer a segurança – mas também torna o processo de distribuição muito mais eficiente.
Mas, uma vez feito o downlink do conteúdo e antes de dar vazão a ele, a propensão para roubo ou vazamento de conteúdo aumenta. Como resolver esse problema em potencial sem deixar brechas de segurança na cadeia de distribuição? A resposta é a solução de marca d’água de vídeo integrada. Isso garante que qualquer vazamento possa ser detectado à medida que o conteúdo avança através da distribuição primária e depois secundária.
Se em um nível de distribuição primária, por exemplo, sabemos que o conteúdo está sendo distribuído na França, em um nível de distribuição secundária podemos adicionar o caminho de distribuição, como cabo ou IPTV dentro do corpo da marca d’água de vídeo de modo imperceptível. Isso permite que os distribuidores de conteúdo identifiquem em um nível macro onde estão vendo um nível mais alto de vazamentos por caminho de distribuição. No ambiente de negócios, isso favorece a tomada de decisão baseada em dados, como o equilíbrio entre receita de licenciamento e risco de pirataria, que por sua vez pode afetar as redes para as quais o conteúdo é licenciado.
É claro que isso é ótimo do ponto de vista da distribuição de conteúdo, mas uma vez que o conteúdo valioso é distribuído aos consumidores, o risco de roubo aumenta novamente e, portanto, são necessários níveis adicionais de detecção de vazamento e medidas associadas de rastreamento.
A marca d’água forense tem um papel adicional a desempenhar durante esta fase final de distribuição para monitorar vazamentos de conteúdo em uma infinidade de dispositivos usados pelos consumidores nos dias de hoje. Em um nível agregado, isso significa dizer que as operadoras de serviço de vídeo também podem identificar quaisquer dispositivos propensos a vazamentos, juntamente com informações mais granulares, como a localização do vazamento e o ID do assinante. Isso fornece ao provedor de serviços de vídeo todas as informações necessárias para rastrear o uso ilícito e pode, em última instância, resultar na revogação da conta do assinante ou na instauração de uma ação judicial.
Como uma ferramenta fundamental na luta contra vazamentos de conteúdo, a marca d’água de vídeo tem a capacidade de identificar não apenas o assinante, mas também o tipo de rede em que o vazamento foi detectado. Este nível de percepção da cadeia de distribuição de ponta a ponta, quando combinado com algumas outras ferramentas de proteção ativa de streaming, como serviços antipirataria, torna possível a rápida identificação de roubo de conteúdo e o rastreio do vazamento, para as ações necessárias.
(*) Tim Pearson é Diretor Sênior de Marketing de Produto da NAGRA
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