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Rede Amazônica incorpora soluções Snews para integrar o fluxo de produção de notícias de suas emissoras

Por Redação

As soluções escolhidas foram o Sistema de Jornalismo Anews Arion, Playout Neoexpress, Ingest Inplus e Gerenciamento de mídias SNews MAM; acervo da Rede conta com aproximadamente 500 mil ativos catalogados

O DESAFIO: Implementar sistemas de gestão de conteúdo e de gerenciamento mídias para jornalistas, com o objetivo de integrar as emissoras próprias da Rede Amazônica

A SOLUÇÃO: Foram utilizados os softwares de Jornalismo Anews Arion, de Playout Neoexpress, de Ingest Inplus e de Gerenciamento de mídias SNews MAM

AS VANTAGENS: Integração total do fluxo de produção, de equipes, entre emissoras e softwares, desde a estrutura da pauta e a apuração de notícias até o centro integrado de mídias digitais – tudo acessado pelo celular

Desafio

Fundada no início da década de 70, a Rede Amazônica de Televisão começou como uma agência de publicidade e se transformou na maior rede de comunicação da região Norte do Brasil ao se afiliar à Rede Globo. Esta associação possibilitou ampliar a cobertura nos municípios dos estados de Roraima, Acre, Rondônia, Amapá, além do Amazonas, e alcançar milhões de telespectadores.

Os investimentos em novas tecnologias, característica comum às emissoras afiliadas da Rede Globo, foram reforçados no ano de 2017, quando a meta era chegar a mais cidades e ampliar a cobertura digital entre os estados e emissoras da região. Assim, a demanda por um sistema que pudesse integrar o fluxo de produção de notícias entre as praças da Rede aumentava conforme o desenvolvimento da TV Digital se expandia. Naquele momento, a Rede Amazônica contava com cinco emissoras próprias, oito minigeradoras e mais de 200 retransmissoras e o desafio era proporcionar agilidade e flexibilidade aos jornalistas e escalabilidade para a área de Tecnologia, correspondendo ao padrão Rede Globo de Jornalismo.

Projeto

Segundo o Diretor de Tecnologia da Rede Amazônica, Eduardo Lopes, havia a necessidade de um sistema de Jornalismo que conseguisse acompanhar a evolução das atividades dos jornalistas, permitindo que eles estivessem cada vez mais conectados, inclusive em deslocamentos externos. Para isso, os repórteres precisariam ter acesso a todas as informações das pautas em tempo real, não só através do computador, mas também do celular. “Foi aí que a SNEWS nos apresentou seus sistemas de Jornalismo e de Gerenciamento de mídias, que atenderam as nossas necessidades e até hoje permanece em constante evolução”, explica Lopes.

Iniciado em 2017, o projeto apresentado pela Snews, empresa brasileira especializada no desenvolvimento de softwares e soluções personalizadas para emissoras, incluía a integração de cinco emissoras e levou cerca de um ano para ser concluído. A infraestrutura de cada uma delas foi avaliada pessoalmente pela equipe da SNEWS, considerando os principais departamentos impactados pelas novas instalações, sendo eles, o Centro de Documentação e Arquivamento (CEDOC), o Jornalismo e a Tecnologia.

As informações a respeito das novas soluções foram compartilhadas com as equipes de Jornalismo por meio dos vídeos de treinamento da Snews. “Não houve relatos dos colaboradores sobre dificuldades no uso dos sistemas após os treinamentos. Tudo correu bem após a mudança do modo de se executar o trabalho”, afirma Lopes. Para ele, toda mudança, tanto de cultura quanto de processos, traz incertezas para os colaboradores, mas como a integração facilitou a operação do dia a dia, assim que a equipe percebeu os eventuais ganhos, tudo fluiu bem.

Outro desafio do projeto foi a substituição de todo o processo de produção jornalística, o que requer bastante cuidado e adaptação, segundo o engenheiro de projetos da Snews, Paulo Henrique Leal. “Por se tratar de um projeto com a proposta de diferentes inovações, alguns cenários se mostraram bastante desafiadores, em especial, a automação do processo de transcodificação do acervo XDCAM para H.264/H.265, que acontece antes do processo de arquivamento em nuvem. O principal resultado, com certeza, é a modernização dos softwares e a automação de todo o processo jornalístico”, afirma.

Implantação

Para integrar o fluxo de produção de notícias das cinco emissoras, a Rede Amazônica escolheu o sistema de Jornalismo ANEWS ARION, um verdadeiro canal de comunicação entre as equipes de jornalismo que permite monitorar, buscar e filtrar notícias da própria Rede e de outros veículos, por meio de RSS, Twitter e Facebook. Outra facilidade está no acesso aos números de telefone e e-mail das fontes de informações e à estruturação das pautas, que é disponibilizado a todos os usuários, inclusive, através do celular.

A segunda etapa na produção exige mais agilidade na gestão de conteúdo, por isso o playout NEOEXPRESS foi o escolhido, justamente por facilitar o controle de corte, de tempo e a organização, com diferentes formatos e resoluções em uma playlist. Além da interface digital SDI, o Neoexpress utiliza tecnologia NDI, o que possibilita o uso de diversos tipos de fontes em HD para transmissão do sinal. É uma solução que trabalha com diversos formatos de vídeos, entre eles os principais do mercado, como MXF, .MP4 e .MOV.

Gerenciar o tempo é fundamental na reprodução de uma playlist, a solução então conversa com o sistema de jornalismo ANEWS ARION e o gerenciador de mídias SNEWS MAM e também traz a personalização de alertas para tempo crítico e o recurso de pré-visualização independente, possibilitando buscar trechos exatos e fazer cortes secos no vídeo secundário que entrará durante a reprodução ao vivo.

Além disso, cada operador pode criar um perfil e personalizar atalhos, de acordo com a sua preferência, facilitando o uso da ferramenta no dia a dia. “Velocidade e informação compartilhada são as vantagens de se trabalhar com um sistema de jornalismo integrado”, destaca o diretor de tecnologia da Rede Amazônica, ressaltando características essenciais à profissão de jornalista.

Outra solução implementada foi o Ingest IN-PLUS, que possibilita capturar multimídias de diversas fontes, pode ser personalizada de acordo com as necessidades da emissora e, também, trabalha de forma integrada com outras soluções, como o SNEWS MAM. A cada gravação gerada, ou mesmo durante a gravação, o IN-PLUS permite incluir metadados personalizados para ajudar na documentação e na busca, sempre que o jornalista precisar do arquivo.

Produzir a notícia com agilidade é importante, mas armazená-la e poder acessá-la rapidamente é igualmente necessário. Por isso, a solução SNEWS MAM de gerenciamento de ativos de mídias permite capturar, acessar e exibir imagens, desde a aquisição até o armazenamento de um arquivo, por meio de um dispositivo móvel como o celular.

Seja em um drive físico, na nuvem ou em qualquer outro sistema, os ativos da emissora permanecem seguros e fáceis de encontrar. É uma solução aberta, que conversa com os principais softwares de edição de vídeo, com o sistema de jornalismo e até mesmo com o YouTube, possibilitando publicações diretas.

“O MAM facilita muito a busca por conteúdo para compor uma edição de um programa ou matéria. Temos um sistema de inteligência artificial no qual podemos identificar em qual vídeo temos uma determinada imagem, como um rosto ou um animal, por exemplo, ou uma determinada frase dita ou escrita, e essa funcionalidade ajuda muito o editor”, ressalta Lopes.

Segundo ele, com a implementação de todos esses sistemas, a principal mudança no dia a dia dos jornalistas foi o ganho de agilidade. Antes, o repórter tinha que se deslocar até a emissora para saber o que iria fazer naquele dia. Depois, passou a acessar todas as informações no próprio celular e se descolar de sua casa direto para o local onde as entrevistas ou imagens seriam gravadas. Outra grande vantagem é a integração com o GC, um recurso que facilita muito na execução do jornal ao vivo.

Resultados

Atualmente, o acervo de mídias da Rede Amazônica conta com aproximadamente 500 mil ativos catalogados, incluindo VTs de baixa duração e programas inteiros gravados. O envio dos arquivos para a nuvem é feito de forma contínua e, diariamente, mais de 60 GB de mídias são realocados, viabilizando a manutenção da infraestrutura de armazenamento local.

Durante este processo, o sistema mantém todas as informações de metadados catalogadas no banco de dados, como Time Code In e Out, inclusive de arquivos de baixa resolução para pré-visualização (conhecidos como Proxies). Também neste processo há uma instância de Controle de Qualidade que a própria ferramenta do MAM disponibiliza em um painel de controle onde todos os processos, de transcodificação, entrega e arquivamento, são listados para o usuário. Dessa forma, eventuais falhas ou situações imprevistas podem ser monitoradas. Além disso, o painel do provedor de nuvem também provê outras métricas úteis ao controle de qualidade.

É importante destacar que o arquivamento de mídias em nuvem reduziu custos de implantação, manutenção e recuperação, além do fluxo de transcodificação de mídias  XDCAM/MXF para H264/MP4 integrado, o que proporciona a redução do tamanho dos arquivos e, por consequência, do tempo de upload e do custo de armazenamento. No entanto, não há limite para este tipo de aplicação, uma vez que a quantidade de armazenamento é expandida conforme o uso. Todo o fluxo, do ingest ao arquivamento de mídias, passando por gravação nas ilhas e unidades móveis, pode ser contemplado neste modelo de armazenamento.

Após quatro anos do início do projeto, o grupo que começou com cinco emissoras, hoje, conta com 13 afiliadas da Rede Globo, incluindo Amazon Sat e as Redes CBN Manaus, Porto Velho, Guajará-Mirim, Belém, Macapá e Rio Branco. O diretor de tecnologia da Rede Amazônica diz acreditar que o resultado do investimento foi positivo. “Atualmente gastamos menos com os arquivos em nuvem do que gastaríamos com a atualização das fitas e robótica. Valeu a pena o investimento”, afirma.

Trata-se de um projeto que requer melhorias contínuas para garantir a agilidade, conectividade e eficiência que a Rede Amazônica necessita para a produção de notícias da maior cobertura da Região Norte do Brasil.

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